Movimentos preparam “contracúpula” sobre integração de países

À véspera da 4ª Cúpula União Européia – América Latina e Caribe, cerca de 200 organizações da sociedade civil das três regiões iniciam na manhã desta quarta-feira (10/05

Os organizadores esperam reunir entre 1.500 e 2.000 representantes dos movimentos sociais internacionais, em mais de 70 eventos. Os debates propiciam uma espécie de troca de experiências entre os ativistas.

O brasileiro João Pedro Stédile, membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), deverá falar sobre a luta dos camponeses pela terra na América Latina. A boliviana Ximena Centellas, do Movimento ao Socialismo (MAS) — o mesmo do presidente Evo Morales —, explicará o decreto de nacionalização do gás anunciado no início de maio.

Também haverá a participação de Michelle Adam, que representa o SUD-PTT, uma das organizações envolvidas recentemente no protesto de jovens franceses contra a flexibilização nas leis trabalhistas do país.

Diferentemente do que ocorre em eventos considerados pelos movimentos sociais como mais representativos da globalização neoliberal — como a reunião da Organização Mundial do Comércio, em Hong Kong, no último mês de dezembro, ou a Cúpula das Américas, em Mar del Plata, em novembro —, não são esperadas pelos organizadores da “contracúpula” manifestações de rua ou protestos durante o encontro oficial dos mais de 50 chefes de Estado e de governo em Viena.

A cúpula alternativa termina no sábado (13) com um encontro dos ativistas com os presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, e Evo Morales, da Bolívia. O evento é organizado por entidades que participam da construção dos fóruns sociais, o chamado movimento “altermundista” (em alusão ao lema do fórum, “um outro mundo e possível”).

Por Spensy Pimentel (Agência Brasil)