Venezuela pode abandonar Grupo dos Três

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse ontem (7) no seu programa televisivo Alô Presidente, que está estudando a possibilidade de abandonar o Grupo dos Três, integrado por México, Colômbia e Venezuela

Chávez afirmou que a“Venezuela deve deixar esses velhos mecanismos para apontar na direção da integração do Sul”. “Nosso rumo está no Sul, não no Norte”, reiterou. Firmado em 13 de junho de 1994 em Cartagena, este tratado de livre comércio entre os três países entrou em vigor em 1º de janeiro de 1995.

 

Sobre sua recente reunião em Iguazú, na Argentina, e do giro que realizará na próxima semana à Europa e África, o presidente afirmou que nunca, como agora, as possbilidades de integração internacional tinham sido tão favoráveis. Para ele, o encontro multilateral da semana passada – onde estiveram os presidentes da Argentina, Bolívia, Brasil e Venezuela – foi muito positivo.  “Uma das melhores reuniões que já participei nestes últimos anos para fortalecer a integração do Sul. Nunca antes houve tanta possibilidade de integração”, assegurou.

 

O presidente comentou que esta semana estará no Vaticano, onde se encontrará com o papa Bento XVI e em seguida viajará a Viena, na Áustria, onde participará da Cúpula União Européia-América Latina e Caribe. Depois o presidente bolivariano segue para Londres, no Reino Unido, convidado por parlamentares e intelectuais do país. O giro presidencial continuará no norte da África, onde visitará a Líbia e a Argélia para “falar de petróleo e das relações desse continente com a América Latina”.

 

Chávez sairá da África para viajar a Bolívia, onde lhe espera uma intensa agenda de trabalho com o presidente Evo Morales. Chávez informou ainda que em breve serão abertos dois escritórios da Petróleos de Venezuela (Pdvsa), uma em La Paz e outra em Santa Cruz de la Sierra. Também será aberto um escritório do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (Bandes) e do Banco Industrial da Venezuela.

 

Chávez anunciou também que seu país emprestará 30 milhões de dólares para colaborar com a erradicação da pobreza. Ele explicou que a Bolívia pagará a Venezuela com bens e serviços, e comentou que se trabalhará conjuntamente na edificação de uma fábrica petroquímica.

Da Redação
Com informações da
Agência Bolivariana de Informação (ABN)