Petrobras: reunião dos presidentes criou condições favoráveis às negociações

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, defendeu hoje, em nota, que não há qualquer contradição entre as declarações do presidente Lula e o que a Petrobras vem afirmando sobre a questã

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, defendeu hoje, em nota, que não há qualquer contradição entre as declarações do presidente Lula e o que a Petrobras vem afirmando sobre a questão do gás boliviano. Gabrielli afirma inda que a reunião de ontem com os presidentes da Bolívia, Argentina, Brasil e Venezuela, "criou as condições favoráveis a uma negociação mais técnica e empresarial".

Eis a íntegra da nota da Petrobras:


"Não há qualquer contradição entre as declarações do presidente Lula e o que a Petrobras vem afirmando sobre a questão do gás boliviano. O contrato entre a Petrobras e a YPFB estabelece os mecanismos que devem reger a negociação, e nós vamos seguir os procedimentos previstos no contrato. Primeiro, uma negociação direta entre as partes, por um período de 45 dias. Se não houver acordo, o próximo passo é a arbitragem internacional, em Nova York. A posição da Petrobras é a de não aceitar aumento de preços, e vamos defender isso na negociação. Os novos investimentos da Petrobras na Bolívia continuam suspensos. Nada mudou em relação ao que temos afirmado. O encontro dos presidentes em Puerto Iguazú criou as condições favoráveis a uma negociação mais técnica e empresarial. A Declaração dos Presidentes da Argentina, Bolívia, Brasil e Venezuela divulgada ao final da reunião afirma, textualmente, que "a discussão sobre os preços do gás deve dar-se num marco racional e eqüitativo que viabilize os empreendimentos". As declarações do presidente Lula facilitam a negociação entre as empresas, restabelecendo o foro técnico e econômico em que ela deve se dar." José Sérgio Gabrielli.