Venezuela decide retirar embaixador do Peru

O governo da Venezuela decidiu retirar seu embaixador do Peru, Cruz Martinez, depois das divergências surgidas entre ambas administrações. A medida foi anunciada na noite de ontem (3) pelo presidente venezuelano Hugo Chávez, na Bo

Segundo o governante peruano, a decisão foi em conseqüência a ingerência do governo venezuelano nos assuntos de sua nação, expressada, entre outras suposições manipuladas por ele, na resposta que o presidente Chávez deu ao candidato à presidência Alán García.

García, que foi já foi presidente do Peru entre 1985 e 1990, já havia chamado o chefe de Estado venezuelano de “sem-vergonha”. Mas quanto a esta provocação, o governo peruano não chegou a se pronunciar. Chávez rechaçou as acusações feitas por Toledo diante da Organização de Estados Americanos (OEA) sobre essa suposta intromissão nos assuntos internos do Peru.

Durante uma sessão ordinária do conselho permanente do organismo hemisférico em Washington, nos Estados Unidos, o embaixador venezuelano, Jorge Valero, reiterou que o país defende os princípios de soberania e auto-determinação de todos os povos e nações do mundo. Ele também ressaltou que a política externa venezuelana tem o objetivo de fortalecer a integração e a cooperação em todos os âmbitos, especialmente entre os países latino-americanos.

O governo de Hugo Chávez, que tem sido protagonista no movimento de integração latino-americano, tem sido alvo de muitas críticas recentemente por ter manifestado publicamente seu apoio ao candidato oposicionista Ollanta Humala, da coligação Unión por el Peru. Líder do Partido Nacionalista Peruano, seu programa de governo se baseia na refundação da república, que considera uma “necessidade histórica”.

O tenente-coronel aposentado atingiu 30,62% dos votos no primeiro turno, contra 24,32% de Alán García e 23,80% da neoliberal conservadora Lourdes Flores. Mas tem sido bombardeado por grupos econômicos, midiáticos e pelos Estados Unidos, que vêem nele uma ameaça a seus interesses na região. Além disso, Humala já deixou claro que seu governo será de aliança e colaboração com o processo de integração dos países na América do Sul, fortalecendo assim as propostas políticas e econômicas antiimperialistas.

Da Redação
Com agências