Repressão a manifestação contra EUA fere 120 na Coréia do Sul

A repressão a manifestantes que protestavam contra a ampliação de uma base militar dos Estados Unidos em Pyeongtaek, 80 quilômetros ao sul de Seul, por cerca de 4 mil policiais e militares sul-coreanos, deixou mais de 120 p

Muitos dos 120 feridos precisaram ser hospitalizados, segundo a agência Yonhap. Os choques mais violentos aconteceram perto de uma escola ocupada pelos manifestantes por estar no terreno onde as instalações militares deverão ser ampliadas.

Cerca de mil ativistas contrários à presença dos EUA na Coréia do Sul, estudantes da região e vindos de Seul, além de trabalhadores e camponeses, se reuniram na escola Daechuri para protestar.

Depois de mandar os manifestantes se retirarem, o contingente policial atacou, armado de cassetetes e escudos, dando início a uma autêntica batalha campal. Em grande minoria, alguns participantes do protesto responderam com pedras e paus.

O governo tinha avisado que usaria de violência para retirar os manifestantes e começar a ampliação da base. O terreno deverá abrigar as instalações militares que permitirão triplicar o espaço atual da base americana de Camp Humphreys, que assim se tornaria a maior base americana na Coréia do Sul.

Segundo a Yonhap, o Ministério da Defesa enviou cerca de 3 mil homens da polícia antidistúrbio, 600 engenheiros militares e 700 guardas de segurança. Eles foram equipados com material pesado para reprimir manifestações.

Os engenheiros começaram a cercar a área onde ficará a base americana com arame farpado. "Não podemos permitir mais atrasos. A área adquirida pelo governo foi qualificada como zona de proteção de instalações militares", disse o ministro da Defesa, Yoon Kwang-Ung.

O Pentágono mantém no país mais de 30 mil soldados em uma ocupação que perdura há mais de 50 anos. Os camponeses querem que o terreno seja utilizado no cultivo de arroz para alimentar cerca de 70 famílias que ainda vivem na região e se opõem a evacuar suas terras.

Com agências internacionais