Sindicato diz que VW vai eliminar 6 mil empregos no Brasil

Segundo os sindicatos de metalúrgicos de Taubaté e de São Bernardo, que preparam manifestações contra possíveis demissões, os cortes vão envolver perto de seis mil postos de trabalho divididos em todas as plantas do país entre 2006 e 2008.

Atualmente, a Volks tem 22 mil funcionários espalhados nas cinco fábricas: Anchieta/São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP), São Carlos (SP), São José dos Pinhais (PR) e Resende (RJ). A Volks afirma ser a maior exportadora de veículos do Brasil. Em 2005, embarcou 264.509 veículos completos, com uma receita de US$ 2,1 bilhões. A Volks é, portanto, a montadora com maior potencial para ser prejudicada pela queda do dólar, que tira a competitividade das exportações brasileiras. A moeda norte-americana tem sido negociada abaixo de R$ 2,10 nos últimos dias, o menor valor em cinco anos.

O presidente mundial da empresa, Bernd Pischetsrieder, afirmou que terá que reduzir a capacidade de produção no Brasil. "Apesar das medidas de ajuste colocadas em prática nos últimos anos, os resultados da filial brasileira continuam sendo insuficientes", afirmou durante assembléia de acionistas em Hamburgo (norte da Alemanha). "Estes resultados se devem à valorização do real e às perdas ligadas às exportações do Brasil. Será necessário ajustar rapidamente as capacidades", informou.

 

Este ano, a VW já demitiu 660 trabalhadores na filial Seat na Espanha e adotou de um plano social que poderá afetar até 20.000 funcionários na Alemanha. Pischetsrieder também se mostrou muito impreciso sobre o estado atual das negociações com os representantes dos trabalhadores na Alemanha. A VW está prestes a aprovar um plano de aposentadorias voluntárias da empresa, que envolveria 14.000 assalariados. Porém, a empresa ainda precisa encontra um caminho para alcançar o objetivo de um máximo de 20.000 supressões de postos de trabalho, fixado em fevereiro passado.

Com agências internacionais