Para “La Nación”, Uruguai pode se afastar do Mercosul

O presidente Tabaré Vázquez indicou que o Uruguai pode deixar de ser membro pleno do Mercosul para "se tornar um simples associado". E pode até assinar um Tratado de Livre Comércio (TLC) com os Estados Unidos. A indica&ccedi

“Uruguai está a um passo de romper com o Mercosul”, diz o título de La Nación. E cita o presidente uruguaio, ouvido em Washington: “Há três níveis de atuação: desligar-se do Mercosul como membro pleno; concretizar acordos comerciais com outros países; e… não gostaria de me esquecer, continuar com todas as denúncias em organismos internacionais pelo dano provocado por protestos, em indústrias que cumprem todos os requisitos legais e ambientais”, disse.

La Nación também atribui a Vázquez a expressão, citada no Canal 10 uruguaio, de que o Mercosul "é mais um problema que uma solução para o Uruguai". E o jornal enumera como problemas os bloqueios de pontes, negociações Brasil-Argentina excluindo Uruguai e Paraguai, cúpulas solicitadas e não aceitas.

TLC: “Não estava na agenda, mas…”

Talvez a frase  mais surpreendente que o diário argentino atribui a Vázquez, um médico do Partido Socialista, com trajetória de esquerda e integracionista, é o que fala do TLC. “É certo, um TLC com os Estados Unidos não estava na agenda, mas tampouco estava na agenda o conflito com a Argentina”, diz o presidente uruguaio.

A versão de La Nación  não é a única. Em declaraçlão à rádio uruguaia El Espectador, o secretário de Imprensa e Difusão do governo Tabaré Vázquez disse, também em Washington, que “não está planejada nenhuma ruptura com o Mercosul” e “o governo tampouco planejou uma mudança de status”.

Nesta quinta-feira Vázquez tem uma entrevista com o presidente George W. Bush e em seguida comparece a uma entrevista coletiva. Aí deve se esclarecer até que ponto o conflito das papeleiras envenenou a disposição uruguaia para se empenhar na integração sul-americana.

Com La Nación
e agências