Amorim deixa impasse da OMC e vem discutir a Bolívia

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, antecipou sua volta ao Brasil após a decisão do governo boliviano de nacionalizar a exploração de petróleo e gás no país. A informação é da assessori

A chegada ao Brasil está prevista para as 2 horas de amanhã (3). Segundo a assessoria, Amorim está acompanhando os acontecimentos na Bolívia. Com a decisão do presidente daquele país, Evo Morales, os campos de produção das empresas estrangeiras na Bolívia, entre eles o da Petrobrás, foram nacionalizados e estão sendo ocupados.

Amorim antecipou em um dia a sua volta, marcada inicialmente para quinta-feira (4). Em Genebra, ele participou de reuniões junto à Organização Mundial do Comércio. Em nota divulgada ontem (1º), o G-20 – grupo de países em desenvolvimento com interesse especial na agricultura – cita mais uma vez o adiamento das decisões da chamada Rodada de Doha. Ou seja, continua o impasse sobre o fim da concessão de subsídios agrícolas em países ricos e a redução das barreiras para produtos industrializados nos países mais pobres.

Diz a nota que o prazo de 30 de abril para apresentar as propostas foi perdido. A idéia é que elas estejam concluídas antes do verão no hemisfério norte (junho). "As propostas do G-20 permanecem como uma base sólida para acordo. O Grupo reverá suas propostas e as de outros membros de forma a contribuir para avanços e convergências". Segundo a nota, "a Rodada do Desenvolvimento só será bem-sucedida se resultar em benefícios para todos os membros".

Menciona ainda ser "essencial que os principais países subsidiadores melhorem suas propostas em apoio doméstico e as ofertas atuais em acesso a mercados". Integram o G-20: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, China, Cuba, Egito, Guatemala, Índia, Indonésia, México, Nigéria, Paquistão, Paraguai, Filipinas, África do Sul, Tanzânia, Tailândia, Uruguai, Venezuela e Zimbábue.

Ontem (1º) ao abrir a reunião ordinária do comitê de negociações comerciais, o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, disse que ainda é possível chegar a um consenso nas negociações, mas só se o senso de urgência estiver presente em cada uma das delegações. "Devemos direcionar nossos esforços em trabalhar intensiva e continuamente, e de maneira eficiente em um texto base do processo de negociação", afirmou.

com informações
da Agência Brasil