Aldo diz que Brasil deve respeitar soberania boliviana e defender “interesses nacionais”

O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), afirmou que o Brasil deve respeitar soberania da Bolívia e, "ao mesmo tempo, defender energicamente os interesses do Brasil, os interesses nacionais, representados pela presença da

 

Aldo disse ter conversado hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) e ter opinou que o Brasil deve adotar ações de Estado. "Não se tratam de iniciativas isoladas. O que está em jogo são os interesses do país, da nossa população. Vivemos episódio semelhante na crise da Venezuela, quando o governo e o Congresso Nacional adotaram posição de forma a representar a atitude do Brasil", observou.

O presidente da Câmara informou também que conversou hoje com o presidente da Câmara dos Deputados da Bolívia, a quem manifestou "preocupação com a situação". A nacionalização das reservas na Bolívia foi anunciada ontem (1º) por Evo Morales e se baseia em um referendo de julho de 2004, quando a população votou a favor de que a Bolívia recuperasse a propriedade de suas reservas. Na década de 1990, elas haviam sido privatizadas pelo então presidente Hugo Banzer. Com a decisão, os campos de produção das empresas estrangeiras na Bolívia, dentre eles, o da Petrobras, foram nacionalizados e ocupados pelo Exército.

Segundo Aldo, a adoção de soluções deve ocorrer paralelamente à "preservação dos interesses do Brasil e de negociação, porque há as relações desenvolvidas há muito tempo".

A Câmara deve discutir a questão do Brasil com a Bolívia, conforme informou Aldo. A proposta foi feita pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, deputado Alceu Collares (PDT-RS). Aldo disse que vai consultar os líderes partidários sobre a transformação do Plenário em Comissão Geral para debater as relações do Brasil com a Bolívia.

Aldo afirmou ainda ter informações de que o preço do gás boliviano não sofrerá aumento e que não haverá falta de gás para o Brasil. Aldo observou que o Brasil precisa do gás boliviano e a Bolívia precisa dos investimentos da Petrobras e do trabalho que a empresa faz naquele território.

"As informações de que disponho dão conta de que nós temos a segurança do abastecimento do gás para o mercado interno e temos também informação de que não haverá alteração no preço do gás para os consumidores", informou.

Fonte: Agência Brasil