Venezuela acusa relatório dos EUA de “imoral e cínico”

O embaixador da Venezuela em Washington, Bernardo Álvarez, classificou como “imoral e cínico” o “Relatório anual sobre o terrorismo”, lançado nesta sexta-feira (28) pelo Departamento de Estado

Os dois militares são os ex-tenentes do Exército José Antonio Colina e Germán Varela. Ambos foram responsabilizados por atentados a bomba contra representações diplomáticas da Espanha e da Colômbia em Caracas. Alvarez denunciou que nesta sexta-feira eles foram postos em liberdade.
O Caso Posada Carriles
O embaixador também se referiu ao caso do “conhecido terrorista Luis Posada Carriles”, um exilado cubano condenado por instalar uma bomba num avião comercial cubano que fazia a linha Caracas-Havana, em 1976. O avião explodiu, matando 73 pessoas, mas os Estados Unidos se recusam a atender à solicitação venezuelana para que Carrilles seja extraditado.
“Sendo assim, parece-nos imoral e cínico que se trate de discutir a colaboração ou não da Venezuela na luta contra o terrorismo”, concluiu o diplomata.
O relatório do Departamento de Estado, chefiado pela secretária Condoleezza Rice, afirma que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, “tem afinidade ideológica” com grupos rotulados de terroristas, como as guerrilhas colombianas das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e do ELN (Exército de Libertação Nacional).
O documento também diz que é “praticamente inexistente” a colaboração da Venezuela com a campanha mundial movida pelos EUA em nome do combate ao terror. Em sua resposta, Álvarez acusou o relatório de “unilateral, porque nós (venezuelanos) atuamos nos marcos dos acordos das Nações Unidas”.
O relatório do Departamento de Estado acusa igualmente os demais vizinhos da Colômbia – Brasil, Peru e Equador – por não classificarem como terroristas os guerrilheiros que combatem o regime de Álvaro Uribe.
Com agências