Humala afina estratégia para 2º turno

Em uma reunião com seus comitês de base distritais e provinciais, Humala agradeceu seu respaldo na primeira votação e pediu mais apoio na campanha neste segundo turno. O tenente-coronel aposentado pediu o início do cadastramento de porta-vozes e enfatizou a necessidade de aprofundar a campanha em Lima, seu calcanhar de Aquiles na votação passada. Ele ressaltou que o debate eleitoral deve ser pautado pelos programas de governo e não pelos candidatos, porque – segundo ele – a campanha não deve ser uma disputa entre caudilhos.

Humala comentou ainda que seu oponente tem que pôr ordem em seu partido, o Aprista Peruano. Na quarta-feira passada, um grupo de seguidores de Alan García causou tumulto ao ver Humala em campanha. “Garcia tem que pôr ordem em seus simpatizantes. Se acredita que as coisas não devem funcionar assim. Se acha que isso está bom, então que continue assim. O problema é dele”, disse o militar aposentado que também é presidente do Partido Nacionalista Peruano.

O Escritório Nacional de Processos Eleitorais (ONPE) prolongou a agonia para divulgar a totalidade dos resultados. Ainda precisam contabilizar as impugnações dos partidos, incluindo as da Aliança Unidade Nacional (UN), de Lourdes Flores, que chegam a 20 mil votos. Com 99,48% dos votos registrados, García já é inalcançável e é o oponente de Humala no segundo turno.

Depois de 17 dias de lenta contagem, espera-se que a ONPE informe nos próximos dias os números finais dos 20 candidatos que brigaram no primeiro turno pela Presidência peruana. Na contagem que há até o momento, Humala tem 3.751.531 milhões de votos. O tenente-coronel se ratificou na liderança da disputa com uma vantagem já inalcançável de 775.839 mil votos sobre García, que com 2.975.692 votos garantiu sua ida para o segundo turno. Flores se manteve distante do segundo lugar por apenas 73.374 mil votos.

Da Redação

Com agências