Presidente do Senado manda arquivar ''CPI do Armagedon''

Atualizada às 18h40

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acaba de decidir: vai arquivar o pedido de abertura da chamada "CPI do Armagedon", que investigaria familiares e a

 

O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), com base no regimento da Casa e em decisões anteriores da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), resolveu não dar prosseguimento ao requerimento do senador Almeida Lima (PMDB-SE), apoiado por 35 assinaturas, que propunha a criação de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar fatos relacionados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apresentado pelo senador Almeida Lima (PMDB-PB), em viagem à Suíça, o requerimento da nova CPI listava vários “fatos”. Entre eles o pagamento de dívida de R$ 29,4 mil de Lula com o PT, feito pelo petista Paulo Okamotto, presidente do Sebrae; e as atividades empresariais de Fábio Luiz Lula da Silva, o filho do presidente, cuja empresa recebeu aportes de R$ 15 milhões da companhia telefônica Telemar.

Por causa da falta de foco e objetivos e inspirada em outra CPI (a dos Bingos) a comissão já estava sendo apelidade de "CPI do Armagedon" (local em que, segundo os cristãos, começará o fim do mundo).

Renan afirmou que a prerrogativa da investigação legislativa “não pode ser confundida com instrumentos persecutórios e inquisitoriais”. A existência do “fato determinado”, disse ele, “é essencial, sagrado”.  
 

Para Renan, “os temas listados no requerimento estão sendo ou já foram objeto de investigação em âmbitos distintos. A superposição ou redundância de investigações maculam uma das maiores conquistas da constituição de 88”, que concedeu ao Legislativo “poderes para proceder investigações”.

Embora a nova CPI tenha sido referendada por 35 senadores, uma única voz levantou-se em plenário para questionar a decisao de Calheiros. A senadora Heloisa Helena (Psol-AL) disse que não apôs sua assinatura ao requerimento movida por inspirações persecutórias. Na opinião da senadora, o documento contém “fatos determinados” e, por isso, não deveria ter sido enterrado. O protesto da senadora caiu no vazio.

Sucessão presidencial

Hoje também Renan fez comentários sobre o lançamento do nome do ex-presidente Itamar Franco à sucessão presidencial. Antes de Itamar anunciar que disputaria a indicação do partido, Renan já havia dito que nenhum dos dois pré-candidatos do partido tinha condições de sair vitorioso das urnas. Itamar deve disputar a indicação para a chapa do PMDB à Presidência com o ex-governador Anthony Garotinho na convenção do partido. Garotinho venceu o governador Germano Rigotto (RS) na consulta informal realizada em março pelo partido.

Renan disse que a candidatura de Itamar é um trampolim para ele tentar uma vaga no Senado por Minas Gerais, "O Itamar está querendo se divertir com a candidatura para presidente", afirmou Renan. A convenção do PMDB está marcada para 10 de junho. A decisão do PMDB é importante para todos os partidos. O PFL, que apóia o PSDB, por exemplo, cogita não indicar um vice para a chapa de Geraldo Alckmin para ter "liberdade" para se coligar nos Estados com o PMDB. O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse hoje que o PT deve se aproximar do PMDB.

Renan, da ala governista do PMDB, entretanto, é contrário ao lançamento de uma candidatura própria do partido. Segundo ele, a manutenção da verticalização –que vincula as alianças regionais entre partidos às coligações para a eleição presidencial– dificultará a formação de alianças estaduais e a conseqüente eleição de governadores da legenda.

Da redação,
com informações das agências

Hoje também Renan fez comentários sobre o lançamento do nome do ex-presidente Itamar Franco à sucessão presidencial. Antes de Itamar anunciar que disputaria a indicação do partido, Renan já havia dito que nenhum dos dois pré-candidatos do partido tinha condições de sair vitorioso das urnas. Itamar deve disputar a indicação para a chapa do PMDB à Presidência com o ex-governador Anthony Garotinho na convenção do partido. Garotinho venceu o governador Germano Rigotto (RS) na consulta informal realizada em março pelo partido. Renan disse que a candidatura de Itamar é um trampolim para ele tentar uma vaga no Senado por Minas Gerais, "O Itamar está querendo se divertir com a candidatura para presidente", afirmou Renan. A convenção do PMDB está marcada para 10 de junho. A decisão do PMDB é importante para todos os partidos. O PFL, que apóia o PSDB, por exemplo, cogita não indicar um vice para a chapa de Geraldo Alckmin para ter "liberdade" para se coligar nos Estados com o PMDB. O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse hoje que o PT deve se aproximar do PMDB. Renan, da ala governista do PMDB, entretanto, é contrário ao lançamento de uma candidatura própria do partido. Segundo ele, a manutenção da verticalização –que vincula as alianças regionais entre partidos às coligações para a eleição presidencial– dificultará a formação de alianças estaduais e a conseqüente eleição de governadores da legenda. Da redação,com informações das agências