Embrapa cria unidade na África e lança consórcio

Foram estudados cinco países africanos para a implantação do escritório da Embrapa naquele continente. Entre eles estão Senegal, Quênia, Gana e África do Sul. A idéia é que o escritório comece a funcionar a partir do segundo semestre deste ano. Segundo Crestana, serão destinados US$ 500 mil para a instalação do projeto na África que, em parte, serão usados na manutenção da equipe. Ele disse ainda que o projeto contará com uma contrapartida do país africano escolhido.
O diretor-presidente da Embrapa afirmou ainda que o escritório será pequeno e comportará dois ou três funcionários brasileiros. Para ele, o lançamento da unidade na África é estratégico tanto para o Brasil quanto para a Embrapa. Isso porque, destacou, os países africanos respondem por 60% das demandas internacionais da instituição. Além disso, o Brasil tem grande potencial no setor agrícola e pode oferecer aos africanos produtos como máquinas e equipamentos. Crestana afirmou que esta é a primeira experiência da Embrapa neste modelo no mercado internacional. Hoje a Embrapa opera no exterior por meio de laboratórios virtuais (Labex) nas áreas de pesquisa e desenvolvimento nos países europeus.
A Embrapa tambémanunciou que lançará o Consórcio Nacional de Agroenergia para as áreas de pesquisa e inovação. O projeto será voltado para a produção de etanol, biodiesel, florestas energéticas e resíduos agroindustriais, disse Crestana. "O consórcio é uma forma de organização nacional dos atores interessados em agroenergia", afirmou. Crestana informou que o projeto será destinado ao setor público e privado. Hoje já existem 70 instituições, entre bancos públicos e privados, universidades, institutos de pesquisa, e o próprio Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) interessados no consórcio. A empresa realiza nesta semana o evento "Ciência para vida 2006 – V Exposição de Tecnologia Agroperucária", em Brasília.
Com agências