Dois curtas do Brasil vão para Cannes

Menos filmes asiáticos e dois participantes brasileiros, na categoria de curtas. Cannes divulgou ontem a seleção da mostra competitiva do festival de cinema mais importante do mundo.

Na seção Un Certain Regard, o Brasil comparece com o curta com Monstro, de Eduardo Valente (que já venceu o prêmio por O Sol Alaranjado, é bom lembrar). Na Cinéfondation, haverá Justiça ao Insulto, de Bruno Jorge. O filme de Bruno Jorge, realizado no ano passado, flagra um homem branco portador de deficiência física implorando a um negro para ser insultado.

O Brasil ainda vai marcar presença em um dos episódios do filme que vai abrir a programação Un Certain Regard, Paris J'Taime. Walter Salles e Daniella Thomas são os diretores do episódio que trata de Belleville, estrelado por Catalina Sandino Moreno (Maria Cheia de Graça).


Na categoria de longas, o festival, que este ano terá Vincent Cassel como mestre de cerimônias e o diretor Wong Kar-wai na presidência, será inaugurado dia 17 com a première de O Código Da Vinci. O encerramento será no dia 28, com Transylvânia, de Tony Gatlif.


Entres estes extremos, com dois filmes que passam fora de concurso, Cannes vai exibir, concorrendo à cobiçada Palma, obras de diretores como Ken Loach (The Wind That Shakes the Barley), Nanni Moretti (Il Caimano), Bruno Dumont (Flandres), Sofia Coppola (Maria Antonieta), Aki Kaurismaki (The Lights of Suburbia), Alejandro González-Iñarritu (Babel), Nicole Garcia (Selon Charlie), Pedro Costa (Juventude em Marcha), Richard lInklater (Fast Food) e Lucas Belvaux (La Raison du Plus Faible).


O único concorrente asiático na categoria de longas é Summer Palace (Palácio de Verão), do chinês Lou Ye. Além de Moretti, que já recebeu a Palma de Ouro por O Quarto do Filho, a Itália participa da disputa com um segundo concorrente – L'Amico di Famiglia (O Amigo da Família), de Paolo Sorrentino. Gena Rowlands vai dar a aula de atriz, criada em função do sucesso da Leçon du Cinéma, que todos os anos é dada por um grande diretor. Este ano, o professor de Cannes será o diretor americano Sydney Pollack.