Policiais que assassinaram Jean Charles não serão indiciados

"Erros foram cometidos, mas isso não equivale a um ato criminoso", revela um dos advogados do caso ao jornal britânico The Sun. Segundo ele, que não teve sua identidade divulgada pelo periódico, nenhum policial que p

Nenhum dos agentes envolvidos no assassinato do brasileiro Jean Charles de Menezes, tomado erradamente como "terrorista" pela Polícia britânica, será processado, revelou hoje o jornal The Sun.

O periódico cita um "destacado advogado" que cuida do caso e, segundo o qual, "não há provas suficientes para incriminar os policiais envolvidos" no assassinato de Jean Charles, em 22 de julho de 2005 — um dia após tentativa fracassada de atentados contra a rede de transportes de Londres.

Segundo o jornal, nem os agentes que dispararam oito vezes à queima-roupa em um vagão de metrô contra o brasileiro de 27 anos, nem os que estavam à frente da operação de vigilância do suspeito de terrorismo terão de se submeter à Justiça britânica, pois não foram encontradas provas factíveis.
Erro não é crime

"Erros foram cometidos, mas isso não equivale a um ato criminoso", disse o advogado ao The Sun. "Os policiais armados obedeciam ordens e achavam que se tratava de um suspeito de terrorismo", acrescentou.

No entanto, segundo o jornal, o comissário-chefe da Polícia Metropolitana, Ian Blair, continua submetido a fortes pressões para que se demita caso a investigação dos incidentes revele erros na condução dos trabalhos dos agentes.

Com agências internacionais