Julgamento de Hussein no Iraque tem mais um fiasco

O tribunal instalado pelos invasores anglo-americanos para julgar o ex-presidente iraquiano Saddam Hussein, e sete de seus antigos colaboradores, viveu hoje mais uma sessão que terminou em completo fiasco, depois de apenas 90 minutos de sess&atilde

O ex-presidente e seus antigos funcionários de governo são acusados pela condenação de 148 iraquianos à morte em 1983, declarados culpados de participar de uma tentativa de assassinato contra Hussein um ano antes.

A sessão de hoje foi limitada a um debate entre a defesa e a promotoria sobre a autenticidade da assinatura do ex-presidente nas sentenças. A defesa, presidida pelo advogado iraquiano Khalil Duleimi, pediu a intervenção de cinco analistas internacionais para verificar a autenticidade. O promotor Jaafar Moussavi, porém, desejava negar a perícia.

O meio-irmão de Saddam, Barzan Ibrahim, que era chefe de Inteligência na época, recusou-se a deixar uma amostra de sua assinatura para comparar com as dos documentos, já que não tem suficiente confiança no tribunal. Além disso, ele acusou o promotor de filtrar informações sobre os documentos, e disse que Moussavi falou com a Rádio Saua sobre as assinaturas quatro dias antes da retomada do julgamento.

O presidente do tribunal, Rauf Rashid Abdelrahman, rejeitou o pedido do advogado da defesa, Khalil al-Dulaimi, que exigia a sua substituição por outro juiz. Al-Dulaimi justificou sua exigência pela "parcialidade do juiz contra os acusados".