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Salário dos mais bem remunerados era 16 vezes o dos mais pobres em 2004

Em 2004, os brasileiros mais bem remunerados ganhavam 16 vezes mais do que os trabalhadores piores remunerados. Mais uma vez, o salário das mulheres era inferior ao dos homens. As informações são da Síntese de Indicadores Sociais 2004, divulgada pelo Inst

Desenvolvido com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2004 (Pnad), o estudo aponta que os maiores rendimentos pagos naquele ano foram para os empregadores (R$ 2.366,00). Depois vieram os militares e funcionários públicos estatutários (R$ 1.300,10) e os trabalhadores com carteira de trabalho assinada (R$ 784,60). Os trabalhadores domésticos receberam os menores rendimentos (R$ 355,20).  A desigualdade regional também foi marcante em 2004. Segundo a pesquisa do Instituto, os menores rendimentos foram pagos no Nordeste (R$ 492,50) e Norte (R$ 667,10). A menor diferença entre as duas regiões foi na categoria dos trabalhadores domésticos (77%).
Os trabalhos de melhor remuneração com carteira assinada e também a maior proporção de empregadores estavam concentrados nas regiões Sudeste (39,4% e 4,5%, respectivamente) e Sul (35,1% e 5,2%, respectivamente). Já a maioria dos trabalhadores informais e por conta própria, que totalizavam 40,2% da população ocupada em 2004, estavam mais concentrados no Norte (13,6% e 18,4%, respectivamente) e Nordeste (14,4% e 20,3%). Os militares e funcionários públicos estatutários eram mais numerosos no Norte (11,1%) e no Centro-Oeste (12,4%).  O IBGE constatou que as mulheres que trabalham fora chegam a ter o dobro das horas de trabalho dos homens dentro de casa.
Os dados mostram que as mulheres dedicam em média 21,1 horas por semana aos afazeres domésticos, contra apenas 9,9 horas dos homens. Diariamente, as mulheres dedicam cerca de quatro horas aos afazeres domésticos. Segundo a pesquisa, a jornada dupla das mulheres é maior na região Nordeste, onde as mulheres trabalham em média 24,6 horas por semana. O recorde, de 27,8 horas semanais, foi atingido pelas maranhenses. O IBGE constatou também um aumento no número de famílias chefiadas por mulheres, que chegou a 29,4% em 2004. Já no trabalho, as mulheres seguem em desvantagem no mercado. Entre as mulheres ocupadas, 3,9% ocupam cargos de direção, contra 5,5% dos homens.

Com agências