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Relatório acusa Blair de uso ilícito de aviões do Reino Unido

Antony Blair, primeiro-ministro britânico, foi acusado mais uma vez de corrupção. Desta vez Blair foi apontado pela utilização de aeronaves do Reino Unido como "táxis pessoais", após inf

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, foi acusado de utilizar aeronaves do Reino Unido como "táxis pessoais", após informações oficiais que afirmam que o chefe de governo britânico utilizou vários aviões da Royal Air Force (RAF) em suas viagens de férias e que autorizou seus ministros a utilizarem os aviões para visitas de rotina do governo.

Segundo divulgado nesta quarta-feira, Blair utilizou os aviões em 677 ocasiões desde que assumiu o poder, em 1997, e gastou cerca de US$ 300 mil em cinco viagens ao exterior, a maioria delas no período de férias familiares. Esses dados foram divulgados no cumprimento da Lei de Liberdade de Informação. De acordo com o informe, alguns ministros, como Gordon Brown (Economia), utilizaram de forma regular os vôos da RAF em vez de viajar de trem, o que acarretaria gastos muito menores.

O custo das viagens de Blair nos aviões da RAF foi de US$ 3 milhões, ainda que o Partido Conservador tenha afirmado que o valor real possa ser duas ou três vezes maior. O ministro do Transporte Chris Grayling declarou que novas políticas devem ser propostas para que os ministros trabalhistas economizem dinheiro em suas viagens e protejam mais o ambiente.

Já Norman Baker, parlamentar do Partido Liberal Democrático, avaliou que o Partido Trabalhista pratica "um abuso grotesco do dinheiro dos contribuintes".

No mês passado, um membro dos Trabalhistas informou que seu partido recebeu — antes das eleições de maio de 2005 — empréstimos de pessoas físicas no valor de quase 14 milhões de libras (US$ 25 milhões, aproximadamente).

O partido governista teria recebido 13,95 milhões de libras em créditos de indivíduos cujas identidades foram mantidas no anonimato. O dinheiro teria sido utilizado para financiar quase toda a campanha eleitoral, que custou 17,9 milhões de libras (R$ 65 milhões, aproximadamente).

O porta-voz trabalhista disse que esses pagamentos não foram declarados nem à Executiva Nacional nem à comissão eleitoral. Mas cumpriram com as normas vigentes de financiamento dos partidos, que até agora só obrigava a tornar públicas as doações superiores a 5.000 libras (US$ 18 milhões, aproximadamente), enquanto os empréstimos podiam permanecer confidenciais.

Com agências internacionais