Sem categoria

Quintanilha apresenta vantagens do Tocantins a senadores dos EUA

Norte-americanos querem ampliar uso do etanol, combustível renovável, e o senador tocantinense, do PCdoB, pretende que seu Estado seja um grande exportador

O senador Leomar Quintanilha (PCdoB/TO) almoçou, dia 11 de abril, com três senadores norte-americanos interessados no etanol brasileiro. Quintanilha apontou para a senadora Sheila James Kuehl, presidente do Comitê de Recursos Naturais e Hídricos do Senado dos EUA, e para os senadores Richard Alarcón e Jack Scott – todos da Califórnia – as vantagens climáticas e logísticas do Tocantins para a produção e exportação do etanol. O almoço ocorreu na Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília.
“Novas conversações serão feitas e eu convidei os senadores norte-americanos para visitar o Tocantins”, conta o senador Quintanilha. Todo Estado do Tocantins é apto para a cultura de cana, e está ligado ao Porto Itaqui, através da Ferrovia Norte-Sul. O governo norte-americano estuda a inclusão do etanol em sua política nacional de combustíveis. O etanol é também muito empregado na indústria, seja na farmacêutica (na produção de perfumes, loções, anti-sépticos, etc) ou como solvente químico.
A produção brasileira integrada de álcool – a fabricação, na mesma usina, de álcool e açúcar – tem atraído a atenção do mercado internacional. Trata-se de um modelo sustentável de produção. Além desses dois produtos, o Brasil já possui tecnologia para integrar numa mesma unidade a produção de biodiesel e energia elétrica.
Nenhum País domina o negócio do etanol como o Brasil. Em janeiro, os donos da Google estiveram no Brasil para visitar usinas. O mega-empresário Bill Gates, dono da Microsoft, é acionista de uma empresa que produz etanol nos EUA. A indústria sucroalcoleira no Brasil cresce por ano o equivalente a uma Tailândia. Existem projetos de cultivo de cana em áreas próximas ao Pantanal, na região do cerrado, em Tocantins, e até no Acre. Até 2010, estima-se que serão necessárias 73 novas usinas para atender o aquecimento do mercado de álcool em relação à safra 2004/2005, o que representa um investimento de R$ 10,2 bilhões. É prevista, também, a expansão das indústrias atuais, tornando possível processar 74 milhões de toneladas de cana a mais até 2010, o que demanda um investimento de R$ 4,1 bilhões em logística para o mesmo período. Com isso, o Brasil se manterá o principal fornecedor mundial de álcool, atendendo a ampliação de demanda nos próximos anos.
As exportações brasileiras de etanol, em fevereiro, foram 20,7% maiores do que em igual período do ano passado (145,1 milhões de litros em fevereiro de 2006, 120,2 milhões de litros exportados em fevereiro de 2005).
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o destino predominante do etanol brasileiro são os Estados Unidos, que adquiriram quase 79 milhões de litros em fevereiro deste ano, quase cinco vezes mais do que os 16,2 milhões de litros comprados no mesmo período do ano passado. A receita obtida com as exportações de etanol aumentou para quase US$ 45,5 milhões, superior aos quase 33% auferidos em igual período de 2005.
Carlos Pompe