Estudantes mantêm protestos apesar de recuo no CPE

Estudantes e trabalhadores franceses voltaram às ruas hoje apesar do governo Chirac ter anunciado a retirada do CPE, o projeto antitrabalhista que precarizava as relações de trabalho para pessoas com menos de 26 anos no país. Os manif

Os estudantes e os trabalhadores voltaram as ruas, hoje, apesar do governo ter ontem garantido que a lei antitrabalhista conhecida por "Contrato do Primeiro Emprego" seja mesmo retirada. Os estudantes decidiram manter os protestos até à retirada oficial do documento.

Bruno Julliard, um dos líderes do movimento estudantil, diz que a pressão vai continuar até que o CPE seja retirado. "A união dos estudantes (Unef) apela a que se mantenha a pressão até que o governo anuncie a retirada oficial do CPE", disse o líder estudantil.

Algumas dezenas de estudantes bloquearam hoje de manhã a saída dos ônibus de duas centrais de Toulouse, cidade onde duas universidades votaram na segunda-feira à tarde a favor da manutenção da greve apesar da decisão do governo de retirar o CPE. Para hoje está também agendada uma manifestação no centro da cidade.

Em Rouen, cerca de 200 estudantes reclamam a retirada total da "lei sobre igualdade de oportunidades", que inclui o CPE, fizeram uma barricada uma entrada da cidade, provocando longas filas de trânsito.

Nesta cidade, os estudantes universitários também votaram ontem (10/4) pela manutenção da greve iniciada no início de março, defendendo que o desaparecimento do CPE constitui "um primeiro recuo" mas não é suficiente.

Em Nantes, cerca de 150 estudantes invadiram de madrugada as pistas do aeroporto, de onde foram retirados meia hora depois sem incidentes, indicou a polícia.

Com agências internacionais