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Primeiro dia de votação na Itália termina com 70% de participação

Mais da metade dos italianos votaram no domingo (9), no primeiro dia das eleições gerais. Os eleitores devem escolher entre o primeiro-ministro conservador, Silvio Berlusconi, e o líder da coalizão de centro-esquerda, Romano Prodi, que tinha uma vantagem

O Ministério do Interior informou que 67,6% dos eleitores participaram da votação. Os resultados das eleições na Itália são incertos e podem resultar em um parlamento ingovernável. A votação deste domingo teve alguns incidentes isolados. O mais significativo foi o lançamento de três coquetéis molotov e de uma bomba caseira que não explodiu em um colégio de Vittorio Veneto, no nordeste do país. Os crucifixos presentes nas salas de aula foram motivo de polêmica em três colégios eleitorais, já que alguns eleitores se recusaram a votar enquanto os símbolos religiosos não fossem retirados do local.

 

No centro do país, em Senigallia, um eleitor que se declarou ateu não quis votar diante do crucifixo. O secretário nacional da federalista Liga Norte (coalizão de centro-direita), Roberto Calderoli, conhecido por sua polêmica decisão de vestir uma camiseta com uma charge de Maomé, disse que a remoção dos crucifixos representa "um dos tantos episódios de ataque à nossa civilização".

 

O dia começou marcada pela polêmica surgida no sábado, com o envio de mensagens SMS de telefone celular que pediam votos para Força Itália (partido de Berlusconi), o que foi denunciado às autoridades. O presidente dos Verdes, Alfonso Pecorano, denunciou que foram enviadas mensagens com a voz de Berlusconi explicando seu programa. Outros incidentes ocorreram com eleitores que encontraram seus colégios fechados e não sabiam onde votar, e com um jovem de Pescara denunciado por fotografar sua cédula já preenchida com seu celular. Os principais líderes políticos votaram nesta manhã, entre eles Prodi, acompanhado de sua esposa Flavia Franzoni, em Bolonha.

 

Com agências