Catástrofe nacional no Iraque é a pior da história

Três anos após a invasão norte-americana, o Iraque se afunda cada vez mais em dificuldades. “O que acontece no Iraque agora é uma catástrofe nacional”, afirma o xeque Khalaf Al-Olayan, presidente do Conselho do Diálogo Nacional, um dos principais partidos

Olayan explicou que os três últimos anos foram os mais difíceis na história do Iraque, e qualquer um que comemorar esse dia (a usurpação do poder) como uma libertação estará completamente errado. Um dos grandes erros da ocupação norte-americana — além da própria invasão, obviamente — foi tentar desconstruir o governo anterior e destruir totalmente a arquitetura institucional do Estado, não só pelo enorme trabalho deixado, mas pelo ressentimento criado entre centenas de milhares de soldados, policiais e funcionários públicos.

Após a agressão, as forças estrangeiras transformaram o país em um campo de batalha entre diferentes comunidades. "Os mongóis, que destruíram Bagdá jogando seus livros no rio Tigre, não profanaram os lugares sagrados como estamos vendo agora", explicou Abdelsalam Al Kubeisi, porta-voz oficial da Associação de Ulemás Muçulmanos, a principal organização religiosa sunita e uma das mais críticas à presença norte-americana no país. Mais de cem mil iraquianos morreram desde a invasão. Nesse período, mais de 2.300 soldados norte-americanos morreram, a maioria em combate, enquanto que as infra-estruturas do país — petrolíferas, elétricas, de saneamento — foram destruídas. 

Com agências