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Terrorista Posada Carriles pede libertação nos EUA

O terrorista Luis Posada Carriles, acusado por Cuba e Venezuela por inúmeros atos criminosos, solicitou ontem sua libertação diante do tribunal federal dos Estados Unidos (EUA). Seu advogado, Eduardo Soto, interpôs um habeas

O ex-agente da Agência Central de Inteligência (CIA), encontra-se em um centro de detenção para imigrantes em El Paso, no Texas, desde maio de 2005, depois de ser acusado de entrar ilegalmente no país. A defesa do terrorista indicou que a contínua detenção de seu cliente, além dos seis meses fixados na decisão do Tribunal Supremo dos EUA, viola a Constituição. No ano passado, o superior tribunal do país proibiu a detenção indefinida de imigrantes que tenham entrado nos EUA de forma ilegal e que não podem ser deportados às suas nações de origem. No caso de Posada, seu país de origem é Cuba, mas ele tem a nacionalidade venezuelana.

Soto pediu a um tribunal federal de El Paso que conceda a liberdade a Posada Carriles ou que emita uma ordem para que seja demonstrada a causa pela qual deve permanecer sob custódia além do período previsto na lei, quando as autoridades não podem deportá-lo.

A Venezuela solicitou a extradição de Posada Carriles pelo atentado contra um avião cubano em 1976, que causou a morte de 73 pessoas, mas um juiz de Imigração decidiu que ele não poderia ser enviado a esse país para julgamento nem a Cuba em razão da Convenção Internacional contra a Tortura.

Esta nova ação judicial de Posada Carriles se produz uma semana depois do Escritório de Imigração e Aduanas (ICE, na sigla em inglês) dos EUA dizer que o mantém detido por considerar que sua libertação representaria “um perigo tanto para a segurança nacional como para a comunidade”. “Devido a sua longa história de atividades delitivas e de violência, causa pela qual civis inocentes morreram, sua libertação representaria um perigo para a segurança nacional dos EUA e para a comunidade”, argumentou o ICE em uma decisão enviada ao terrorista.

Ex-funcionário

Posada Carriles tem um encontro com o Escritório de Imigração e Cidadania (USCIS, sigla em inglês) no próximo dia 20, sobre sua petição de cidadania estadunidense. Seu advogado apresentou a solicitação em setembro do ano passado com base no artigo 329 da Lei de Imigração, que permite obter a cidadania àquelas pessoas que têm prestado serviços nas Forças Armadas estadunidenses.

Carriles serviu na Divisão 101 do Exército estadunidense na década de 60, quando tinha o cargo de tenente e segundo seu outro advogado, Matthew J. Archambeault, se aposentou com honras.

No atentado contra o avião da Cubana de Aviação, perto de Barbados, Posada compartilhou a autoria intelectual com Orlando Bosch. O terrorista, agora preso no Texas, insiste em negar essa ação apesar das provas que o condenam, como arquivos desclassificados da Agência Central de Inteligência (CIA). Mas aceitou sua participação protagonista em outras ações similares, como por exemplo atentados com explosivos em Cuba, na década de 90.

Da Redação,
Com agências