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Nova Iguaçu assina convênio para desenvolver projeto-piloto da ONU

 
O prefeito Lindberg Farias e o chefe do escritório da ONU para a América Latina e Caribe, Alberto Paranhos, assinaram convênio no dia 4, visando à implantação de um projeto-piloto

As oito metas são: erradicar a extrema pobreza e a fome, atingir o ensino básico fundamental, promover a igualdade de gênero e a autonomia das mulheres, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna, combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças, garantir a sustentabilidade ambiental e estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.
 
Nova Iguaçu e Belo Horizonte são as duas únicas cidades do Brasil escolhidas pela ONU para desenvolver o projeto, por possuírem observatórios urbanos e estarem comprometidas com ações globais ou regionais do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (UM-HABITAT). Iniciativas ligadas a programas como Gestão Urbana, Cidades Sustentáveis, Agenda 21 Local e Cidades mais Seguras. O Brasil possui 10 milhões de pobres, 33,4 mil cortiços e 22,8 mil construções irregulares, segundo dados do IPEA.

Caberá à Oficina de Planejamento montar um detalhado relatório ao final dos nove meses de trabalho. O primeiro passo será criar um processo de conscientização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), seguido do levantamento de indicadores e preparação de um diagnóstico inicial, e da formulação de propostas de plano de ação através de uma metodologia participativa.
 
Após ouvir as considerações de todos os envolvidos no projeto-piloto da ONU em Nova Iguaçu, o representante das Nações Unidas e responsável pelo UM-HABITAT mostrou-se esperançoso num resultado positivo. “O mais importante alimento do processo de localização das Metas do Milênio é a mobilização do governo. A experiência nos mostra que o plano de ação em si não é o mais significativo, e sim os programas que serão desenvolvidos pela Prefeitura no sentido de atingir as metas da ONU, como, por exemplo, erradicar a extrema pobreza e a fome. Agradeço Nova Iguaçu por ter aceito o desafio”, disse Alberto Paranhos, depois da assinatura do convênio.
 
Além do Brasil, África do Sul, Senegal, Egito, Marrocos, Filipinas, Índia, México e Colômbia estão participando do projeto da ONU – são 25 cidades no mundo (sete delas na América Latina).

Custeado pela UM-HABITAT, órgão ligado às Nações Unidas, que investirá 25 mil dólares, o projeto baseia-se na Declaração do Milênio, adotada por 189 países membros da ONU, que estipula as oito metas a serem atingidas pelas nações até o ano de 2015. Embora o período de trabalho em Nova Iguaçu seja de nove meses, é provável que se elabore um relatório preliminar para ser apresentado no Fórum Urbano Mundial (FUM), em junho, na cidade de Vancouver, no Canadá.