PCdoB/BA lança Olívia Santana para o Senado e planeja eleições

Pensando no projeto eleitoral, o PCdoB da Bahia planeja lutar pela união de setores diversos em apoio ao presidente Lula. No âmbito estadual, o partido apresenta o nome de Olívia Santana para a vaga do Senado. O presidente

Por Péricles de Souza*

 

 

Seis pesquisas de variados institutos indicam recuperação da imagem de Lula e de seu governo e favoritismo eleitoral nas diversas simulações para a eleição presidencial. Aliás, a última do IBOPE pesquisou também a simpatia do eleitorado em relação aos partidos políticos; o PT aparece em primeiro lugar com oito pontos à frente do segundo colocado, o PMDB. Na mesma pesquisa o PCdoB marca 4%, maior índice, desde a legalidade.

 

Realizações do governo federal, papel político mais proeminente do presidente Lula, desproporção entre o que é denunciado e o que é comprovado nas CPIs, flagrante manipulação da grande mídia contra o governo vão levando o eleitorado a tomar partido e não permitir o retorno dos que realizaram gestões antinacionais, antidemocráticas e corruptas.

 

O projeto eleitoral do PCdoB na Bahia leva em conta a luta por um segundo mandato para Lula num novo pacto que sinalize para o desenvolvimento com trabalho e distribuição de renda. Nosso estado possui um dos maiores eleitorados do país e deu a Lula, em 2002, uma de suas maiores votações; um bom desempenho aqui é estratégico para a vitória em outubro.

 

O esforço para derrotar o PFL da Bahia e encerrar o ciclo da hegemonia do grupo liderado por ACM deve ser casado com a construção de um amplo “palanque” de sustentação da campanha presidencial de Lula. Poderiam estar juntos neste palanque PT, PCdoB, PSB, PDT, PMDB, PPS, PCB, PTB e outros.

 

O PCdoB apresenta o nome de Olívia Santana para a vaga do Senado. Mulher, negra, grande líder do movimento anti-racista, vereadora das mais votadas em Salvador, ex-secretária municipal de Educação e Cultura, numa gestão de êxitos no curto período de um ano. Com a candidatura de Olívia, o PCdoB mantém-se como partido que projeta lideranças femininas na política  – como Jane Vasconcelos, Lídice da Mata, Maria José Rocha, Alice Portugal, entre outras.

 

Nas eleições para deputados federais e estaduais a situação na Bahia ainda impõe ao  PCdoB a preferência por coligações partidárias. Neste caso, para garantir a eleição dentro da chapa coligada tem que se limitar o número de candidaturas. Deixa-se de lançar algumas até tidas como naturais e importantes para a projeção de lideranças, ocupação de espaços municipais etc. A tática para este tipo de eleição desafia a capacidade da direção, a unidade partidária, o espírito coletivo de dirigentes e candidatos. O objetivo maior é conquistar vagas no parlamento, tendo vários candidatos bem votados. Daí o caráter estadual, não municipal do projeto. Daí seu sentido partidário, não de setor ou pessoal. Não nos serve de exemplo o resultado de 1990 quando elegemos Maria José à Assembléia Legislativa com cerca de 19 mil votos e deixamos de eleger o segundo, Luiz Nova. Maria José seria eleita com até 14 mil e faltaram cerca de mil votos para a eleição de Nova.

 

Em 2002 elegemos dois deputados federais e três estaduais todos bem votados. Em 2006, com a superação da crise política e as boas notícias dos últimos dias, com o crescimento partidário e os bons mandatos que realizamos podemos até ousar mais.

 

Vamos à luta. Reeleger Lula, derrotar o PFL na Bahia e ampliar a presença do PCdoB no parlamento.

 

*Presidente estadual do PCdoB na Bahia