Lideranças indígenas iniciam 3º Terra Livre

“Queremos construir uma proposta para ser apresentada ao governo, focalizando dois pontos importantes: a regularização fundiária de nossas terras e a saúde indígena”, afirmou Francisco Avelino, representante do povo Apurinã (AM) e Coordenador do Fórum em Defesa dos Direitos Indígenas. “Há muitas ações no governo, mas de certa forma todas desarticuladas, em vários os ministérios. Tem que ter uma instância que possa coordenar estas ações com a participação dos povos indígenas.”

Do acampamento vai sair um documento de avaliação, para ser apresentado no Senado Federal, em audiência pública sobre a Situação dos Povos Indígenas no Brasil, na quinta-feira (06). O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) sustenta que a luta dos povos é contra posseiros, garimpeiros, madeireiros, projetos de colonização, abertura de estradas e hidrelétricas — que cobiçam terras indígenas.

Além do Terra Livre, os movimentos pretendem fazer, ainda em abril, o Encontro Nacional de Mulheres Indígenas, a comemoração de um ano da homologação da terra Raposa Serra do Sol (RR) e a Semana dos Povos Indígenas. É a maior mobilização nacional do movimento indígena.

Na manhã desta terça-feira, primeiro dia de acampamento, a coordenação do encontro apresentou histórico, objetivos, eixos temáticos e expectativas políticas para a terceira edição do evento. Pela tarde, indígenas e indigenistas debateram a conjuntura nacional, sobretudo a política para os índios no Brasil e a situação das terras indígenas.

Para quarta-feira, estão previstos novos debates em grupo (sobre demarcação de terras, proteção dos territórios, sustentabilidade e gestão territorial, saúde indígena, política indígenista e gênero). Às 14 horas, os participantes debatem os mesmos temas em plenária.

Com Agência Notícias do Planalto e CIMI