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Greve dos trabalhadores em educação do Rio Grande do Sul continua

Em Assembléia Geral do CPERS/Sindicato, realizada na última segunda-feira (3) pela manhã, a categoria rejeitou a proposta apresentada pelo governo e decidiu manter a greve que iniciou no dia 2 de março. A assembléia, realizada no Gigantinho, em Porto Aleg

No início da tarde da segunda-feira (3), um grupo com cerca de 20 educadores, iniciaram uma greve de fome em frente à porta principal do Palácio Piratiní. Enquanto isso algumas centenas de professores e funcionários ocuparam as galerias do plenário da Assembléia Legislativa para pressionar os deputados e o governo a melhorar a proposta. Apesar do movimento dos trabalhadores, o projeto de reajuste apresentado pelo governo foi à votação sem alterações e acabou sendo aprovado por 36 votos a favor e 14 votos contra.

As emendas petistas que previam antecipação de parcelas e 10% de reajuste foram rejeitadas. O aumento, pelo que foi aprovado, será dividido em quatro parcelas: 2% a partir de 1º de maio, 1,2% a partir de 1º de outubro, 1,2% a partir de 1º de dezembro e 2,9% a partir de 1º de março de 2007. O requerimento para a apreciação das emendas do PT foi rejeitado em plenário por 28 a 20 votos. Os deputados votaram a favor do segundo requerimento, de autoria da líder do governo, deputada Maria Helena Sartori (PMDB), que pedia preferência para votação apenas ao texto, assim nenhuma emenda foi debatida ou apreciada em plenário.

Ao texto, foram protocoladas três emendas de autoria dos líderes da bancada do PT, do deputado Flavio Koutzii, e do PCdoB, da deputada Jussara Cony. A primeira emenda modifica os prazos das parcelas, fazendo com que o aumento seja todo concedido ainda em 2006. A segunda acrescenta uma quinta parcela de 1,4% a partir de 1º de novembro, o que totalizaria um reajuste de 10% ao magistério. E a última, dava 60 dias da publicação da lei para o governo do estado incluir nos vencimentos básicos do magistério o abono concedido à categoria em 1993, que hoje é de R$ 39,50.

 

 

Para Alex Sarat, da executiva estadual do CPERS/Sindicato, o movimento está exigindo aquilo que foi compromisso de campanha de Rigotto, que afirmava ter compromisso com a recuperação salarial dos trabalhadores em educação."Ao contrario, ele está promovendo o maior arrocho salarial dos últimos tempos na categoria, além de ter deixado o estado em situação de verdadeira paralisia", afirmou.

De Porto Alegre,
Clomar Porto