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Adalberto Monteiro se reúne com o comitê estadual do Amapá

O secretário de Formação do PCdoB, Adalberto Monteiro esteve no Amapá nesta semana para se reunir com o comitê Estadual. A reunião aconteceu no auditório da Fortaleza São José de Macapá, onde se discutiu a conjuntura internacional e nacional.

Segundo Monteiro, o Presidente Bush está passando por um grande processo de desgaste e rejeição, inclusive em seu próprio país e suas conseqüências para o nosso continente.

Em seguida foi discutida e aprovada a proposta de projeto eleitoral para 2006 no Amapá. Adalberto Monteiro, em companhia dos dirigentes do partido no estado, visitou os pontos turísticos da cidade e conversou com o governador Waldez Goés e o prefeito da capital. Em seguida, comemorou os 84 anos com os camaradas do Amapá, na sede da UNA (União dos Negros do Amapá).

Leia abaixo o projeto eleitoral no Amapá para 2006

O grau de vitalidade do partido no Estado ficou expresso em seu processo de Conferência. O Partido retoma os seus trabalhos pós Congresso e, com o fim do processo de divisão interna, aponta os caminhos traçados nacionalmente para enfrentar a crise no governo Lula.

A questão que se impõe no momento é a aprovação de uma Resolução Política (Projeto Eleitoral) acerca das eleições de 2006 no Estado, partindo da idéia de que é preciso ampliar a demarcação com as demais forças políticas para os objetivos traçados. O PCdoB, no fundamental, indicará uma tática que possa garantir a reeleição do mandato federal e estadual.

Resolução política sobre as eleições de 2006 no Amapá

A Comissão Política do PCdoB no Amapá passou em revista o quadro político nacional e estadual. Fez um balanço da crise política que atingiu o governo Lula por mais de 05 (cinco) meses a sua superação, voltando a ter credibilidade perante a sociedade brasileira retornando aos patamares de aprovação do início do ano de 2005.

No âmbito do Estado, analisou-se o quadro local. Foi feita uma avaliação do governo Waldez Góes e a desarticulação das esquerdas para a disputa de 2006, assim como, o debate a cerca de um Projeto de Desenvolvimento para o Estado. O que resultou na aprovação de uma proposta de Resolução Política para as eleições de 2006, com os seguintes itens:

1- O PCdoB lutará por uma definição programática para o Amapá nas eleições de 2006, tendo como base a aproximação com os movimentos sociais e as forças vivas da intelectualidade que buscam o caminho do desenvolvimento auto-sustentável com justiça social. Tendo em vista que a classe operária do Estado é incipiente, com pouca indústria e pouca oferta de trabalho em áreas estratégicas da produção, o Amapá precisa de um projeto construído por amplas forças de com visão progressista e que equacione: participação-popular, justiça social e desenvolvimento sustentado.

2 – Construir um plano sustentável para desenvolver o Estado nos marcos do capitalismo contemporâneo (fase neoliberal) torna-se uma tarefa imediata (conforme Resolução Política de 2003 que caracterizou o ESTADO-GOVERNO como o único agente capaz de promover o desenvolvimento).

3- Na construção de sua tática eleitoral, o PCdoB parte da idéia de que é preciso ampliar a demarcação com a hegemonia das elites neoliberais do Estado através de uma candidatura que tenha compromisso com o projeto de desenvolvimento do Estado e afinada com o esforço das correntes mudancistas que compõem o governo Lula para a retomada do crescimento do país com justiça social

4 – O cenário político do Estado para as eleições de 2006 apresenta, até o momento, quatro candidaturas: O atual Governador Waldez Góes (PDT), o ex-Governador João Alberto Capiberibe (PSB), o Senador Papaléo Paes (PSDB) e o deputado Estadual Lucas Barreto (PTB).

5- O governador do Estado que foi eleito numa coalisão das forças de centro-direita, no final do segundo ano de mandato perdeu boa parte de sua base de sustentação política na Assembléia Legislativa. Atualmente busca uma recomposição de forças com base em parcerias administrativa com as Prefeituras do Estado, particularmente, das principais cidades: Macapá e Santana, ambas administradas pelo PT em composição com o PC do B.

6- O atual governador busca com certo êxito a sua recuperação político-administrativa, desgastadas nos dois primeiros anos de mandato, investindo na infraestrutura do Estado (pavimentação de ruas e estradas; recuperação de prédios públicos, etc.), assim como, o atendimento de demandas sociais das diversas categorias de trabalhadores. Desenvolve o programa “Amapá Produtivo”, que visa fortalecer e fomentar a agricultura. Tem tido uma administração democrática de proximidade com o governo federal, ao ponto de declarar o seu compromisso com a reeleição do Presidente Lula.

7 – Embora se depare com a posição oposicionista ao governo Lula da direção nacional de seu Partido (PDT), o mesmo tem dado sinais de rupturas com essa orientação pelos diferentes objetivos administrativos e/ou político-eleitorais.

8- O PMDB da família Borges e do Senador Sarney passaram a compor recentemente o governo de Waldez Góes e marcharão unidos em 2006. Este Partido tem grande peso político no Estado e poderá ser uma força decisiva na disputa.

9- O PSDB, atrelado ao projeto eleitoral do tucanato nacional, encontra-se isolado com o seu candidato Papaleo Paes, ainda que possa contar com o PFL, seu potencial aliado.

10- A candidatura do Deputado Estadual Lucas Barreto (PTB), apoiado por significativas parcelas do empresariado local, busca uma saída apresentando a proposto do “Agro-Negócio” baseado principalmente na delimitação de grandes áreas para o plantio de SOJA.

11 – As esquerdas no Estado estão divididas. O PSB que tem entre os seus quadros o Senador João Alberto Capiberibe, possível candidato ao governo do Estado. Trata-se de um candidato progressista, com uma história no Estado, mas que não conseguiu aglutinar em torno de si as forças de esquerda do Estado por conta de sua postura um tanto sectária e exclusivista. O PT embora administre as duas principais cidades do Estado dificilmente lançará candidatura própria ao governo do Estado, a tendência é que faça uma composição com o PDT. O recém criado PSOL ainda é uma incógnita, mas tem tido uma aproximação com o PSB e o PCB, por conta da identidade pontuais entre esses Partidos no âmbito do Estado.

12 – O nosso Partido no Amapá passou a enfrentar uma situação política e eleitoral satisfatória com a vinda de expressivas lideranças egressas do PSB. O Partido é visto como uma força em crescimento no Estado. A possibilidade de uma candidatura competitiva à Câmara dos Deputados é um exemplo disso. Além do mais, o Partido tem dado importantes passos na busca da sua coesão política. A tarefa central agora é definir novas condições para a busca da manutenção e/ou ampliação dos espaços conquistados. Coloca-se como imprescindível a reeleição da deputada Roseli Matos à Assembléia Legislativa e a de Evandro Milhomem à Câmara dos Deputados.

13- Para dar maior protagonismo e buscar ampliar a sua bancada estadual na Assembléia Legislativa o Partido lançará mais dois candidatos à Assembléia Legislativa no interior do Estado. Assim sendo, o Comitê Estadual no Estado apresenta, os nomes dos camaradas: Valdinei França, conhecido como “Delegado”, pela região do Jarí e “Santana” pelo município de Porto Grande e região.

Tabela de Metas – Milhomem

14- A tabela acima faz um levantamento dos votos conquistados na última eleição (2002) e busca refletir o bom momento vivido pelo Partido no Estado e a necessidade de aprovarmos uma meta de votos ousada para a reeleição do dep. Evandro Milhomem. A proposta apresentada é um desafio não somente para a sua reeleição, mas também, para alcançarmos a “cláusula de barreiras” de 5% de votos, que será distribuída entre os 16 municípios do Estado.

Tabela de Metas – Roseli

 

15- Da mesma forma para a reeleição da Dep. Estadual Roseli Matos. A Proposta de meta de votos está dentro da realidade do Partido e do bom desempenho do mandato estadual na Assembléia Legislativa.

16- Para assegurar a manutenção dos espaços conquistados na disputa proporcional, o PCdoB indicará uma tática que possa reeleger o seu candidato à Câmara Federal e garantir a continuidade do mandato estadual. O Partido tem consciência do enorme desafio que a realidade do país apresenta para as forças de esquerda, nos próximos tempos. Os acontecimentos de Paris e no nosso próprio continente, nos chama atenção sobre a explosão de indignação popular resultante da aplicação permanente de um modelo neoliberal excludente. Por isso, a direção estadual não tem dúvida do esforço que deve investir na aproximação com os movimentos sociais, efetivos propulsores das energias de mudanças. Ao lado desse esforço compreende a importância do crescimento partidário para dar conta desses desafios. E nesse crescimento sabe que a representação parlamentar é importante instrumento de ação política para a atual etapa de consciência das massas populares de nosso país. A direção estadual acredita na capacidade de sua militância de levar a cabo suas difíceis tarefas.

Comitê Estadual do PCdoB do Amapá