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Ação conjunta para erradicar o trabalho escravo em Mato Grosso

Os ministros do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo de Tarso Vannuchi, e o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, decidiram, em encontro hoje (7), desenvolver ação conjunta para erradicar, por definitiv

Em 2005, Mato Grosso ficou em segundo lugar no ranking dos estados com maior número de registros de trabalhadores em situação análoga à escravidão. Dos 159 nomes de empresas registradas na chamada “lista suja”, 19 são do MT. De 2003 a 2005, foram 28 operações, 63 fazendas fiscalizadas, 2.420 trabalhadores libertos, R$ R$ 3.611.275,28 pagos em indenizações e 1.190 altos lavrados.

No plano nacional, foram realizadas no mesmo período 220 operações, em que 647 fazendas foram fiscalizadas, 12.110 trabalhadores libertos, R$ R$ 18,5 milhões pagos em indenizações e 6.119 autos foram lavrados.

A ação conjunta decidida em Mato Grosso servirá como experiência piloto para a erradicação da exploração da mão-de-obra escrava em todo o país. A idéia é atrair, inicialmente, os segmentos produtivos da sociedade para prevenir a prática de trabalho escravo. As entidades que não fizerem parte do pacto estarão sujeitas a fiscalizações periódicas e rigorosas.

Armação na fazenda Sancara

“Agora é hora de construir uma boa agenda para potencializar as ações em andamento para a erradicação do trabalho escravo. Este é um problema residual, que há dez anos chegou a atingir cerca de 50 mil trabalhadores e hoje atinge cerca de 25 mil. Campanhas sérias podem erradicar o problema em poucos anos”, afirma Paulo de Tarso Vannuchi.

“O governo do Mato Grosso já vem colaborando para erradicação do trabalho escravo. Vamos aproveitar o acontecido de fevereiro, aqui no estado, para promover uma ação conjunta com a sociedade produtiva”, garantiu Luiz Marinho.

Marinho se referiu ao ataque sofrido, no dia 8 de fevereiro, pelo Grupo Especial Móvel de Fiscalização, recebido a tiros na fazenda Sancara/Anhanguera, no município de Nova Lacerda, no extremo oeste do estado, próximo à fronteira com a Bolívia. Os policiais militares foram chamados ao local pelos fazendeiros com a falsa denúncia de que a propriedade estaria sendo assaltada e que havia reféns. A ação apurava denúncia de trabalho escravo nas fazendas.

Com MTE