Crônica: O Cheiro da Baunilha, Antonino Amaral

O Cheiro da Baunilha
Agente, lá ía, com a picada, da nova estrada, atravessando o brejo grande, lá nos confins do Sul do Tocantins, quando uma suave fragrância, intensa e fina, recendeu entre os odores do mato encharcado. Institivamente, saímos à procura da origem daquele perfume “sui generis”, daquele cheiro irresistível das sorveterias de antigamente, que as crianças adoravam e já sentiam desde a entrada do bar. Não foi nada difícil encontrar a bananinha seca, grudado no tronco da pindaíba, a uns 2 a 3 metros do chão.

Estamos utilizando este relato para demonstrar como a verdade, também cheira longe e pode ser facilmente reconhecida, quando a burocracia é o de menos, quando o coração fala mais alto, na linguagem da sociedade; quando o amor ao próximo é a lei maior. Nesta véspera de eleições, quando os ânimos se exacerbam, e o povo desorientado, já começa apelar para a violência, para as greves e as depredações, ateando fogo em ônibus, até mesmo por conta das enchentes nas ruas, até mesmo por causa do futebol, que é uma paixão nacional, é bom que alguém venha de publico, lembrar que, não existe apenas o apelo da negação, da condenação e das prisões. Existe ainda o expediente do estimulo do incentivo da afirmação e da motivação, para ser usado, valorizado e aperfeiçoado. Existe ainda o foro intimo para ser experimentado.

Nestas próximas eleições, muitos poderão sugerir mil e uma dificuldades na hora de se discutir e decidir, sobre as reformas da politica, que é a bola da vez, e ao mesmo tempo a mais intrincada das questões; por se tratar da corrupção, que não é tão somente financeira, mas também moral e até mesmo cultural.

Para orientação dos futuros legisladores, como do próprio povo, que irá indica-los, quero deixar aqui algumas palavras, um mínimo de ideias, como subsídios, para a ocasião que se avizinha: A reforma da politica e da constituição, com vistas na corrupção.

Pensando bem, esta nossa democracia, parece ter sido contaminada pelo vírus da vaca louca, e vaca louca não tem cura; O melhor seria trocar o nome democracia pela palavra Cristocracia, simplesmente, através de uma plebiscito nacional.

“Cristocracia já”

Esta seria a mais profunda reforma politica e humana que poderíamos imaginar. Profunda e pratica e perfeitamente viável. Uma saída pelo transcendental; Uma saída pelo elevador da espiritualidade, do amor e da caridade cristã, ao qual temo direito como sendo filhos de Deus. E o povo vai entender perfeitamente, por que é bom, é simples, é natural, bonito, suave e agradável como o cheiro da baunilha. Ao que parece o Brasil já possui todas as condições, ingredientes e progressos, que a modernidade exige para alcançar uma qualidade de vida melhor para todos os brasileiros; o que está nos faltando é apenas este elemento catalizador de todos estes progressos, a palavra Cristocracia. Este é o palpite de um simples eleitor tocantinense, que deseja ardentemente ver ampliado o seu voto, que é de fé e esperança em um futuro promissor.

Nestas próximas eleições, lembre-se: politica mesmo é apenas honestidade; havendo ordem e justiça, o povo faz o resto. O resto é trabalho, é competência é boa vontade, principalmente boa vontade do próprio eleitor. Dizem os entendidos, que quando o taxo de melado está no ponto, basta jogar um só cristal de açúcar, para que todo o material se transforme rapidamente em açúcar cristal. É o fenômeno da catalisação. Dizem também, que a democracia é o governo do povo, mas que povo? O povo bárbaro? O povo pagão? Ou o povo Cristão?

Eis a questão?

Antonino Ferreira do Amaral, é funcionário publico aposentado, escritor e autor do livro Matutagens. Morador de Itacajá-TO