O petróleo deve continuar sendo nosso

Resultado de uma campanha popular de sete anos, a Petrobras foi fundada em 3 de outubro de 1953 para garantir aos brasileiros que o petróleo, efetivamente, fosse nosso e não de empresas privadas. Seis décadas depois, é hora de retomar a marcha ao lado dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff em defesa do nosso maior patrimônio nacional, ameaçado por uma onda de ataques da oposição.

O PCdoB defende a investigação de todas as denúncias, entretanto, não admite que interesses eleitorais sejam colocados acima do povo brasileiro. Não é aceitável a falta de pudor com que opositores tentam desmoralizar a imagem da estatal que está presente em 25 países e muito orgulha o Brasil. A Petrobras hoje é a única petroleira do mundo que está construindo três grandes refinarias, tendo como meta elevar a produção de óleo e gás de 2,32 bilhões de barris por dia, em 2013, para 5,2 bilhões, em 2020, mais que duplicando sua produção. Para viabilizar esses projetos, há um endividamento que se estabilizará em 2014 e se reduzirá nos próximos anos.

Com os governos Lula e Dilma, adotou-se uma postura clara em favor de uma Petrobras pujante, que ampliou investimentos de uma média de US$ 6,3 bilhões, entre 2000 e 2003, para US$ 43,7 bilhões em média entre 2010 e 2012. Essa realidade é bem diferente da gestão do ex- presidente Fernando Henrique Cardoso.

Investir no país é gerar riquezas e empregos para os brasileiros. Na indústria naval brasileira, por exemplo, serão investidos US$ 100 bilhões até 2020. A política de privilegiar o conteúdo local das obras (exigência de que 60% dos componentes sejam feitos no Brasil) foi a principal responsável pela geração de mais de 70 mil empregos em estaleiros brasileiros entre 2003 e 2013.

Vale lembrar ainda que a estratégia da Petrobras de investir na economia brasileira foi fundamental para o crescimento nacional entre 2004 e 2008, sendo uma medida importante de enfrentamento dos efeitos da crise financeira internacional a partir de 2009.

Liderada por Lula e Dilma, a política de valorização da Petrobras, tornando-a eixo central do desenvolvimento brasileiro, é bem diferente das propostas de campanha dos candidatos à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB). No modelo de Dilma, a Petrobras opera em todos os campos de exploração do pré-sal, cujos rendimentos serão revertidos à educação (75%) e à saúde (25%), e as empresas estrangeiras são coadjuvantes. Em contrapartida, Aécio e Marina dão sinais claros de que querem privatizar o pré-sal. Marina sustenta que a situação financeira da estatal não permite que ela controle todas as áreas. Já Aécio quer fazer leilões para a iniciativa privada e flexibilizar a exigência do conteúdo local, o que, na prática, reduzirá os ganhos conquistados pelos brasileiros.

A duas semanas da eleição, a bancada do PCdoB na Câmara reforça o engajamento na luta pela preservação do maior símbolo brasileiro. É hora de o povo sair à rua e gritar novamente que “o petróleo é nosso”. Parabéns aos 61 anos da Petrobras! Investigar e punir sim, fragilizar não!!

As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Portal Vermelho
Autor