Bolsonaro promete condecorar quem sobreviver em reação a assalto

Após uma visita a um hospital psiquiátrico (isso mesmo!), o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) disse durante ato de campanha no município de Jaci (SP), que, se for eleito, vai condecorar por "ação de bravura" policiais militares e civis, além de cidadãos, que reagirem a tentativas de assaltos.

Bancada da bala Câmara - Ailton de Freitas

Enquanto a maioria dos candidatos buscam apresentar suas propostas para o país sair da crise e enfrentar o desemprego que afeta mais de 13 milhões de brasileiros, Bolsonaro defende a condecoração a quem reagir a assalto como forma de política pública de segurança.

Segundo dados, três a cada quatro vítimas que reagem a assalto em São Paulo e no Rio de Janeiro morrem ou ficam feridas. Mas para Bolsonaro esse é um risco que vale e para isso oferece a garantia da retaguarda jurídica para que quem reagir não seja sequer processado.

"Vamos buscar retaguarda jurídica, não só para nossos policiais civis e militares, mas para o cidadão de bem também poder reagir à tentativa de alguém surrupiar seu patrimônio ou atentar contra sua vida. Ele poderá reagir e não será processado, muito pelo contrário, será condecorado por ação de bravura", discursou.

Criança atirando

Bolsonaro também foi flagrado nesta quinta (23), em Araçatuba, 'ensinando' uma criança a atirar. O menino estava em seu colo vestido com a farda da Polícia Militar e o candidato pergunta: "Você sabe atirar? Você sabe dar tiro? Atira. Policial tem que atirar", disse Bolsonaro. Com a criança no colo, ele a orientou a fazer um sinal com a mão como se imitasse uma arma.

"Qual é o problema? O armamento é inerente ao ser humano e à sua defesa. Isso está na Bíblia", afirmou ele, dizendo que não se pode "criar uma geração de covardes". "A arma é inerente à sua vida e à liberdade do País. Meus filhos todos atiraram com cinco anos de idade. (Uma arma) Real, não é de ficção nem de espoleta não", admitiu.

Bolsonaro , que defende o armamento dos cidadãos, também voltou a afirmar que, caso vença a eleição, vai incentivar a reação armada a invasões de terras por movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ele já defendeu que a invasão de propriedades privadas passe a ser considerada no Brasil crime de terrorismo.