Mourão diz que o povo 'está se lixando' para declaração sobre 13º salário

Tentando minimizar os efeito de sua declaração, o vice de Jair Bolsonaro (PSL), o general Hamilton Mourão,disse nesta sexta-feira (28) que não existe briga entre ele e companheiro de chapa devido às críticas que fez sobre o 13º salário.

Mourão vice de Bolsonaro - Reprodução

"O povo está se lixando para isso porque está preocupado com segurança e emprego", garantiu o general.

O vice disse também que não há crise entre ele e Bolsonaro. "Temos uma relação de lealdade absoluta. Não somos como políticos. Ele é político, mas eu não sou. Vocês precisam entender isso: dois paraquedistas andam de passo miúdo", afirmou.

De fato, deve ser isso mesmo já que Bolsonaro defendeu a reforma trabalhista e já disse que, se eleito, os trabalhadores brasileiros vão ter que escolher entre "ter mais direitos e menos emprego ou mais empregos e menos direitos"

Mourão disse que não foi enquadrado por Bolsonaro. "Ele me ligou antes de tuitar aquela resposta", referindo-se à postagem do presidenciável que disse: "O 13° salário do trabalhador está previsto no art. 7° da Constituição em capítulo das cláusulas pétreas (não passível de ser suprimido sequer por proposta de emenda à Constituição). Criticá-lo, além de uma ofensa à quem trabalha, confessa desconhecer a Constituição".

Sobre o impacto de suas declarações, o general disse que nunca foi tão "abraçado" como entre estas quinta (27) e sexta (28).

"Fui na minha academia hoje [sexta] e todo mundo que vinha falar comigo eu explicava. O faxineiro me perguntou, eu expliquei! Pediram para tirar foto comigo. O povo está se lixando para isso porque está preocupado com segurança e emprego", disse o general.

Mourão disse que, apesar do 13º salário ser parte da renda do trabalhador, os brasileiros não estão preocupados se vai ficar sem ou não, caso sejam eleitos.

"Está se lixando, sim, está se lixando porque não é bem assim. Não estou falando que vou cortar, nem posso. Eu sou um cara que fala a verdade, sou sincero. Expus o problema, estamos falando de aumento de imposto. E as questões da segurança e emprego são muito graves. Você sabe que isso aí não tem em outros países", afirmou o general à jornalista Andreia Sadi.