Arthur, sem você a humanidade fica menor

Uma meningite ceifa a vida do neto de Lula. A perversidade da natureza que se soma à perversidade dos homens contra o ex-presidente

Por José Carlos Ruy

Arthur Lula Marisa

A morte de um menino de apenas sete anos de idade é uma perversidade da natureza. O neto do ex-presidene Luiz Inácio Lula da Silva, o sorridente garoto Arthur Araújo Lula da Silva, foi vítima dessa perverdidade – ele foi levado da vida, de maneira fulminante, por uma meningite meningocócica no início da tarde desta sexta-feira (1º)  – fora internado num hospital em Santo André, São Paulo, por volta das sete horas da manhã e, pouco depois do meio-dia, deixou de viver.

Não é natural um pai e um avô enterrarem o neto, sob nenhuma circunstância. A vida desce – esta é a lei da natureza; avós e pais se despedem da vida antes dos filhos e netos. Daí o tamanho da dor, que não pode ser medida, quando o contrário acontece. Sobretudo quando aquele que é colhido pela perversidade da natureza é uma criança que mal começou a despertar para a vida! É uma dor que não pode morrer nunca!

Esta perversidade que atinge o ex-presidente Lula, seu filho Sandro Luis Lula da Silva e a nora Marlene (pais do Arthur) e seus familiares, é uma tragédia que se soma à injusta pervercidade, dos homens e não da natureza, que mantém aprisionado em Curitiba aquele que, como presidente da República, foi um tenaz lutador contra a fome, a mortalidade infantil, e que procurou implantar os mecanismos para garantir o bem estar das crianças e de suas famílias no Brasil.

É difícil, inimaginável, escrever sobre uma dor tão terrível como a morte de uma criança. Elas merecem o carinho, afeto, amor e o apoio de todos. Um pedaço do futuro se esvai quando uma tragédia desta acontece. A perda terrível não é apenas da familia, mas de toda a humanidade.