CTB, CUT e Força Sindical: Unidade em defesa do direito do trabalhador

Após a vitória de Jair Bolsonaro para a presidência da República neste domingo (28), três centrais sindicais afirmaram após a apuração que a unidade dos trabalhadores é o caminho para evitar mais retirada de direitos trabalhistas e sociais. Previdência Social e soberania nacional também foram temas mencionados em notas e declarações de dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Força Sindical.

Por Railídia Carvalho

nenhum direito a menos

Privatizações e retomada da reforma da Previdência estão no programa do novo presidente. Para a CTB, a perspectiva é de mais retrocesso e a luta contra a entrega do patrimônio pública precisa ocupar as ruas e o Congresso Nacional.

"O caminho da classe trabalhadora e seus representantes é o da resistência enérgica contra a nova onda de retrocessos anunciada pelo resultado final do pleito. Urge formar uma ampla frente democrática e popular em defesa da democracia, dos interesses sociais e da soberania nacional. A luta continua", afirmou o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo.

A direção da Força Sindical se reuniu nesta segunda-feira (29) e divulgou nota assinada pelo presidente interino Miguel Torres. A central reafirmou a defesa da democracia e reivindicou que o novo presidente respeite os direitos trabalhistas, previdenciários direitos individuais e assegure a liberdade de imprensa. Segundo a Força, o novo presidente e a oposição que se consolida devem falar para todos os brasileiros.

“a Força Sindical vai cumprir seu papel histórico e institucional: vai representar os trabalhadores e sua luta por emprego decente, por uma aposentadoria justa, pela retomada do crescimento e em defesa do patrimônio nacional. Reafirmamos a necessidade da unidade de ação das centrais sindicais, buscando fortalecer o diálogo com as forças institucionais constituídas na construção de um País mais justo e igualitário”.

Na opinião da CUT, Jair Bolsonaro vai aprofundar a agenda neoliberal em curso desde o golpe que levou Michel Temer à presidência e derrubou a presidenta eleita Dilma Rousseff. Segundo a entidade, o Brasil viverá o agravamento do desemprego, arrocho salarial e aumento do custo de vida além da retomada da reforça da Previdência, retirada de direitos e privatizações das empresas públicas.

“Além disso, vai tentar perseguir e reprimir o movimento sindical, os movimentos sociais, bem como os setores democráticos e populares em geral.Temos um enorme desafio pela frente. É hora de unidade das forças democrático-populares para resistir. A CUT dará continuidade a sua trajetória de luta e conclama suas bases a continuarem mobilizadas e a resistirem a qualquer ataque contra os direitos e a democracia”, diz a nota assinada pelo presidente da entidade Vagner Freitas.