Reta final: intensificar mobilização pela vitória da democracia

A ofensiva autoritária do candidato fascista Jair Bolsonaro e seus apoiadores contra princípios democráticos e contra a liberdade de imprensa, e suas ameaças às forças progressistas e aos movimentos sociais provocaram uma ampla reação de inúmeros segmentos democráticos da sociedade brasileira.

Haddad Manuela Chico Caetano - Foto: Ricardo Stuckert

A disputa eleitoral tem demonstrado que está em jogo o destino da democracia no Brasil e até mesmo o respeito às instituições, uma vez que até o Supremo Tribunal Federal foi posto na alça de mira dos bolsonaristas – como seu filho Eduardo Bolsonaro, que ameaçou fechar o STF com “um soldado e um cabo”, ameaça que reiterou dizendo que “a gente não vai se dobrar a eles não”.

São ameaças contra os direitos do povo, dos trabalhadores, das mulheres, negros, índios, comunidade LGBT feitas repetidas vezes por Jair Bolsonaro, seu vice, o general Hamilton Mourão (que quer acabar com o 13º salário, entre outras coisas) e agora dirigem ao órgão máximo do Poder Judiciário, numa demonstração da insanidade arrogante e ditatorial que os acomete nestes dias que antecedem a votação de no domingo (28), decisiva para os destinos do Brasil.

É menos de uma semana, tempo em que os eleitores brasileiros ainda poderão reverter a tendência que parece favorecer o candidato da extrema-direita. E há sinais animadores demonstrando que a vitória depende do empenho, do entusiasmo e da convicção de que o Brasil não pode retroceder.

A pesquisa Ibope, divulgada na terça-feira (23), é positiva pois mostra que a distância entre os dois candidatos diminuiu em 4%. A rejeição a Bolsonaro cresceu de 35% pontos para 40%, enquanto a de Haddad caiu de 47% para 41%. Na pesquisa espontânea, quando o eleitor declara sua preferência sem ver numa lista o nome dos candidatos, Bolsonaro caiu de 47% para 42%, enquanto Haddad subiu de 31% para 33%.

É tempo de virada na eleição, e ela poderá ocorrer na medida em que for possível consolidar um amplo movimento democrático que se desenha através das inúmeras manifestações de personalidades democráticas, partidos progressistas e organizações do povo e dos trabalhadores, que lutam pela democracia e pela defesa da eleição de um governo comprometido com as liberdades democráticas e os direitos do povo, dos trabalhadores e das conquistas civilizacionais, da Constituição e do Brasil.

São muitas as vozes que se levantam contra o arbítrio e os ataques à democracia e alertam contra a ameaça representada por Jair Bolsonaro. E que reunidas podem repetir uniões das forças democráticas brasileiras, como a que ocorreu na resistência contra a ditadura e na campanha Diretas Já, que pôs fim àquele regime de arbítrio.

Além das manifestações públicas democráticas ocorridas nas cidades brasileiras, notadamente no sábado (20), na segunda-feira (22) no teatro da PUC-SP e nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro, na terça-feira (23), há um enorme número de personalidades e organizações que defendem um governo democrático, que civilizadamente respeite o ordenamento jurídico e se situe rigorosamente dentro das normas do Estado Democrático de Direito.

São movimentos populares como a Frente Brasil Popular, a Frente Povo sem Medo, ou Mulheres Unidas contra Bolsonaro. Entidades estudantis como a UNE; as centrais sindicais CTB, CUT, Força Sindical, UGT, CSB, CST e Intersindical. Entidades religiosas, como a CNBB, Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, "O Amor Vence o Ódio", "Evangélicos Contra Bolsonaro", representantes das três grandes religiões monoteístas (judeus, cristãos e muçulmanos), além de líderes religiosos autônomos. Entidades da sociedade civil, como a Ordem dos Advogados do Brasil, Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), e mais de mil juristas que assinaram um manifesto contra Bolsonaro, pela democracia.

Agora, ante esta enorme ameaça à vida democrática brasileira, a consciência e a inteligência democráticas do país se levantam pelo progresso social, justiça social e um regime que garanta o lugar de todos na vida nacional. Esse sentimento democrático precisa se transformar em voto. Os dias que se seguem colocam para cada democrata, cada um que se preocupa com os destinos do Brasil e da vida dos brasileiros, o desafio de buscar o voto democrático, o voto no futuro radioso, de paz e bem estar para a nação.

Este chamado democrático e avançado precisa ser atendido por todos os democratas sinceros de nosso Brasil. Neste dia 28, todos às urnas para proclamar EleNão! E escolher o rumo altaneiro e democrático do Brasil, elegendo Fernando Haddad e Manuela d´Ávila para o Brasil voltar a crescer e ser feliz.