PDT quer anular eleição após denúncia de compra de pacotes de Whatsapp

O PDT anunciou que prepara uma ação para pedir à Justiça Eleitoral a nulidade das eleições presidenciais de 2018, com base nas denúncias de que empresas estariam comprando pacotes de divulgação em massa de mensagens contra o PT no Whatsapp. A prática é ilegal, uma vez que é proibida a doação de campanha por empresas. Para o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, as fake news espalhadas pelos celulares têm se transformado no grande problema desse pleito.

whatsapp - shutterstock

"O problema das fake news é muito grave, mas agora a compra do envio em massa de fake news contra o PT foi para um outro patamar. É crime. É abuso do poder econômico. Vamos pedir a nulidade das eleições, isso aí vai dar um oba-oba bom", disse Lupi ao Globo.

Segundo Lupi, cujo partido teve o candidato Ciro Gomes em terceiro lugar no primeiro turno da disputa pelo Planalto, a equipe jurídica do PDT ainda estuda a forma e o conteúdo da peça a ser apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Estamos preparando uma ação. Ainda não está pronta, o jurídico está examinando o termo exato e por isso ainda não soltei”, afirmou Lupi à Reuters.

Uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada desta quinta-feira (18) denuncia que empresários têm custeado a compra de pacotes de distribuição de mensagens contra o PT e a favor de Bolsonaro por WhatsApp. 

"A prática é ilegal, pois se trata de doação de campanha por empresas, vedada pela legislação eleitoral, e não declarada. A Folha apurou que cada contrato chega a R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, está a Havan. Os contratos são para disparos de centenas de milhões de mensagens", diz a reportagem.