TSE derruba 33 links falsos sobre Manuela

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou nesta segunda (8) que 33 links do Facebook sejam tirados do ar imediatamente. Somados, o alcance desses posts chega a 146.480 compartilhamentos e 5.190.942 visualizações.

Fake contra Manuela - Reprodução

A notícia falsa vinculava a imagem de Manuela d'Ávila (PCdoB), vice na chapa de Fernando Haddad, a condutas que ofendiam o público cristão, além de atribuir à candidata entrega de materiais pornográficos para crianças. O Tribunal reconheceu que a publicação usa mentiras para tentar manchar a imagem de Manuela.

Para o ministro do TSE, Sérgio Silveira Banhos, o vídeo divulgado por apoiadores de Bolsonaro "mancha a imagem da candidata representante perante o público católico e cristão, com o objetivo evidente de interferir no pleito eleitoral".

"Ademais, a mídia foi claramente editada com uso de montagem – por meio da qual se desvirtuou o conteúdo original do vídeo produzido pela candidata representante para combater a homofobia nas escolas –, contendo agressão e ataque à imagem da candidata,
atribuindo-lhe conceito sabidamente inverídico", completou o ministro na decisão que determinou a suspensão imediata do conteúdo.

O material amplamente divulgado nas redes por pelo menos 33 perfis diferentes, sendo que uma das publicações tiveram mais de 27 mil visualizações, usava imagens de vídeos produzidos por Manuela em que ela fala sobre as luta e bandeiras LGBT com cortes e montagens de imagens que nada tem a ver com a vice da Haddad e suas bandeiras.

Em um trecho em que Manuela fala da Frente Parlamentar LGBT, é inserido uma matéria jornalística que relata manifestação ocorrida no Rio de Janeiro. Nesta reportagem, há filmagens de duas pessoas nuas destruindo imagens de santas, chutando crucifixos.

Após este trecho de reportagem, imagens da candidata são recolocadas, desta vez, falando do material produzido para combate à homofobia nas escolas. Entretanto,enquanto o vídeo é ocupado por sua voz, há a sobreposição de imagens que deturpam o real conteúdo do material.

O vídeo ainda conta com a exposição de imagens que hipersexualizam crianças. Pretendem, com isso, sugerir que a candidata apoia e incentiva tais situações. O material foi reproduzido de forma viral, e recebendo uma série de comentários indignados com a candidata.

O TSE determinou que o Facebook, no prazo de 48 horas, forneça a identificação do número de IP da conexão usada para realização do cadastro inicial na redes social e os dados pessoais dos criadores e dos administradores dos perfis, para identificar e responsabilizar aqueles que disseminam mentiras nas redes.