Rússia e China, exercícios militares para a cooperação crescente

A Rússia iniciou nesta terça-feira (11) uma série de exercícios militares em conjunto com a China, as maiores desde o fim de Guerra Fria; as ações assinalam a cooperação crescente entre os dois países, e seus representantes se encontram hoje em Vladivostok, Rússia, para o 4º Fórum Econômico Oriental

exercícios militares russia - Reuters

Nessa terça-feira (11) ocorre na cidade de Vladivostok, na Rússia, o 4º Fórum Econômico Oriental. O presidente chinês Xi Jinping e o presidente russo Vladimir Putin já se encontraram e concordaram, até agora, em promover firmemente os laços bilaterais e defender a paz e estabilidade mundiais.

As novas manobras militares empreendidas pelos dois países irão mobilizar cerca de 300 mil tropas e dezenas de milhares de veículos terrestres, aeronaves e navios, que vão estar em exercícios durante a próxima semana; o exército mongol também irá participar. No encontro dessa terça (11), ambos os presidentes afirmaram que a participação conjunta é prova do aprofundamento de seus laços.

“Temos uma relação de confiança na esfera da política, segurança e defesa”, afirmou Putin ao lado de Xi. Em um cenário de crise nas relações diplomáticas com a União Europeia e os EUA, Moscou encara a China como um parceiro natural, e vice-versa.

Os exercícios militares anuais russos são encarados sempre com receio pela OTAN, aliança militar liderada pelos Estados Unidos e responsável por diversos conflitos ao redor do globo, especialmente no Oriente Médio, além de encabeçar uma forte campanha anti-Rússia. Contudo, para prevenir desgastes maiores, a imprensa russa confirmou que os exercícios militares neste ano contarão com a presença de observadores enviados pela OTAN.