Haddad: “O povo está com saudades de ter um presidente”

A retomada das obras e a revogação de medidas implantadas pelo governo ilegítimo de Temer/ PSDB, como a reforma trabalhista e o teto de gastos para investimentos são medidas prementes que serão tomadas pelo candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva ao ser eleito novamente presidente do país. A afirmação foi feita pelo vice-presidente na chapa de Lula e seu porta voz, Fernando Haddad, em coletiva à imprensa concedida nesta quinta-feira (23), em João Pessoa, na Paraíba.

Haddad em João Pessoa - Ricardo Stuckert

Segundo Haddad, com Lula no governo, serão tomadas medidas emergenciais, por meio da retomada do Minha Casa Minha Vida e de obras de infraestrutura, de saneamento, ferrovias, iluminação pública, estradas, com investimentos do governo federal. “Com isso, no próximo ano o país já possa voltar a crescer entre 3% e 3,5%”, disse.

Sobre a continuidade da Transnordestina, o candidato a vice-presidente disse que esse é um bom exemplo de obra parada. Segundo ele, é uma obra cara, mas quando você divide o valor pelo número de beneficiados dá um ‘tostão’ para cada um. “Veja o exemplo da Transposição do Rio São Francisco, quando você divide o valor total para 12 milhões de pessoas dá R$ 1 mil cada habitante. Um valor que é para a vida inteira a pessoa ter água e, mais, para as futuras gerações, para quem ainda vai nascer. Então, essa é a conta que o estadista tem que fazer. Essa foi a conta que Lula fez: vou gastar isso, mas irá retornar quanto em benefício social?”, explicou.

Haddad voltou a falar sobre a injustiça que o ex-presidente Lula sofre com a imparcialidade de juízes e o desejo sincero de todos do PT para que Lula participe de todo o processo eleitoral como candidato, inclusive com o direito a participar dos debates. “Estamos democraticamente pedindo para Lula participar dos debates como candidato ou que, pelo menos, permitam a participação de um representante”, ressaltou.

Para ele, parece que todos os outros candidatos temem a presença de Lula e apenas Guilherme Boulos tem se posicionado a favor da participação do ex-presidente nos debates.

“Estamos recorrendo a todos os instrumentos legais para denunciar a injustiça cometida”, disse Haddad. Ele ainda explicou que há necessidade de uma resposta do STF, porque a ONU já determinou que Lula tenha direito a ser candidato, e a determinação da ONU tem força de lei.

Ao comentar a liderança esmagadora de Lula em todas as pesquisas realizadas após o registro oficial das candidaturas, Haddad enfatizou que o povo está com saudades de ter um presidente.