Guarda municipal de ACM Neto reprime com violência ato de professores

Há um mês em greve os professores da rede municipal de educação de Salvador foram reprimidos nesta terça-feira (7) com balas de borracha, spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo pela guarda comandada pelo prefeito ACM Neto (DEM). Vídeo gravado pelos manifestantes durante o protesto mostra um dos policiais agredindo e ameaçando professores com arma.

guarda municipal de salvador reprime com balas de borracha e gás protesto de professores. agosto de 2018 - reprodução

“A resposta do prefeito às nossas reivindicações é a polícia de arma em punho para atacar professoras e professores que se manifestam pacificamente e desarmados por melhorias na educação e por qualidade de vida", declarou Marilene Betros, Secretária de Políticas Educacionais da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB).

A dirigente classificou o ocorrido de “um verdadeiro abuso de poder e um total absurdo num regime democrático”. Segundo Marilene, esse é o modo de agir dos partidos conservadores. “É assim que os partidos conservadores tratam os profissionais da educação, enquanto retiram todos os nossos direitos e arrasam com a educação pública”.

“Viemos à Secretaria Municipal de Educação (SMED) para protestar contra a falta de diálogo e mostrar a justeza de nossas reivindicações e somos recebidos à bala”, também reclamou Elza Melo, diretora do APLB.

A CTB Bahia responsabilizou o prefeito ACM Neto e considerou a postura da guarda “ uma grave violação contra os trabalhadores. “Não só o direito à liberdade de expressão, como também o direito a educação pública foram flagrantemente desrespeitadas”, afirmou a central em nota.

“Senhor prefeito, no lugar de usar violência contra os professores, você deveria encontrar uma solução negociável para a greve da categoria, que já dura 27 dias, por causa do reajuste salarial, o auxílio-alimentação e a eleição do diretor escolar, que está sendo feita por indicação da secretaria”, ressaltou a CTB.

Confira o vídeo que flagrou a violência contra os trabalhadores