Divanilton: PCdoB continuará buscando a unidade das forças no Brasil

“Hoje a Manuela (Manuela D’Ávila) não é apenas uma jovem de 37 anos. Ela não responde por si. Ela pertence a um partido com 96 anos de existência que ao lado de outras forças políticas sempre colocou como centralidade a defesa da nação e da pátria. Essa é a nossa história, o nosso DNA. O PCdoB continuará buscando até o ultimo segundo a unidade das forças de esquerda do Brasil”, declarou Divanilton Pereira nesta sexta-feira (3).  

Por Railídia Carvalho

Divanilton Pereira defende unidade na plenafup agosto de 2018 - reprodução

Dirigente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Divanilton foi um dos convidados da Plenária Nacional da FUP (PlenaFUP) que acontece no Rio de Janeiro até o próximo domingo (5). O tema é "Qual o projeto que os trabalhadores querem? Um projeto liberal ou um projeto de bem-estar social?".

Ele destacou a sintonia política entre a iniciativa dos petroleiros e as exigências do atual momento político. Para Divanilton, que é presidente em exercício da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), faz parte da história dos petroleiros dar centralidade à disputar política.

Vencer as eleições é o que nos une

“Vou enfatizar aqui o que nos une e não o que nos separa. E o consenso, do qual a CTB faz parte, é ganhar pela quinta vez a disputa eleitoral em curso. É o objetivo estratégico da nossa luta”, ressaltou.

Ao falar em amplitude, Divanilton deu como exemplos bem-sucedidos da luta política da esquerda e dos trabalhadores a greve de abril de 2017 e a eleição do presidente Lopez Obrador no México.

“A greve de 28 de abril de 2017 entrou para a história do movimento sindical brasileiro, o que só foi possível pela amplitude. Motivada pela defesa da aposentadoria essa iniciativa, que reuniu centrais, movimentos sociais, igrejas, artistas, meios jurídicos nos levou a barrar a reforma da Previdência”.

“A esquerda no mundo comemorou a vitória de Lopez Obrador, alguns com mais entusiasmo outro com menos, mas o resultado se deveu à necessária amplitude das forças políticas naquele país que sem as quais aquela vitória não seria possível. No Brasil nós estamos precisando de todos e todas”, defendeu.

Golpe colocou Brasil na rota do ataque ao trabalhador

Divanilton ressaltou também, mesmo sem se aprofundar nas contradições do movimento sindical, que a estrutura sindical brasileira produziu um dos maiores líderes da história sindical do país que é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“As gestões Lula e Dilma buscaram conter o ambiente mundial de desqualificação do trabalho em todas as suas dimensões. Daí veio o golpe para inaugurar no Brasil o que vem acontecendo em nível mundial”.

Na opinião do dirigente, o esforço realizado pela unidade das centrais sindicais é um caminho que busca retomar o projeto político de valorização do trabalho com geração de renda e defesa da democracia e soberania.

22 propostas da centrais sindicais: Soberania, democracia e trabalho

“A CTB valoriza muito esse esforço que reúne sete centrais, todas com muitas diferenças, mas que apresentam 22 propostas na Agenda Prioritária que dialoga com a Plenafup porque nesta agenda está a luta pela soberania, democracia, investimento público e valorização do trabalho”.

“A luta contra a recolonização do Brasil requer obra de milhões. E a obra de milhões é radicalizar ampliando, caso contrário podemos correr risco que outras nações já enfrentaram”, mencionou Divanilton citando a França. Nas eleições de 2017, o eleitor francês ficou entre o liberal Macron e a representante do partido fascista Marine Le Pen. “É preciso fortalecer a unidade para que possamos revogar esse conjunto de medidas draconianas e retomar um sistema Petrobras a serviço do desenvolvimento do Brasil”.