Temer e Alckmin, irmãos siameses

Os setores que articularam o golpe, dão sustentação ao governo Temer, abocanham as riquezas do Brasil e surrupiam os direitos do povo, não pretendem abandonar o poder.

Por Aluisio Arruda*

Temer e Alckmin - Foto: Alan Satos/PR/Fotos Públicas

Há uma semana das convenções partidárias, dão uma cartada de mestre. Temendo a derrota do seu candidato predileto Geraldo Alckmin, ex-governador de SP, conseguem aglutinar em torno dele praticamente todos os partidos de direita e do chamado Centrão.

Com inteligente estratégia, talvez combinado com Temer, deixaram de fora o MDB, assim, embora fazendo parte do mesmo time, para os eleitores querem travestir Alckmin como oposição.

Podem enganar os desavisados e os que preferem entender mais de futebol que de política, embora esta defina tudo em nossas vidas.

Alckmin e seu partido o PSDB, tendo à frente Aécio Neves, além de ter dado apoio total a condução de Temer ao Planalto, apoiou sem restrições a EC 95 que corta por vinte anos as verbas da saúde, educação e outras necessidades do povo. Deu apoio irrestrito à reforma trabalhista, às privatizações e à reforma da Previdência.

Hoje em sua pré-campanha declara abertamente que não pensa em nenhuma revisão na Reforma Trabalhista, à EC 95, e que imediatamente após sua eleição deverá priorizar a Reforma da Previdência, além de dar continuidade às privatizações, melhor dizendo, entrega dos nossos mais ricos poços de petróleo, nossas refinarias, a Petrobras, empresas de eletrificação, petroquímicas, enfim nossas mais rentáveis empresas.

Seria até com maior ênfase a continuidade da chamada política neo-liberal, melhor chamada de arrasa país, como ocorreu na Grécia, na Espanha, no México, na Argentina e agora no Brasil.
Tudo isso mostra de forma clara que Alckmin, pretende dar continuidade à fracassada política de Michel Temer, responsável por uma das maiores crises na história do Brasil; desemprego, aumento da violência, de doenças, falências, e outros males que afligem o povo brasileiro.
Os bancos, as multinacionais, principalmente americanas, a Rede Globo, os agiotas e rentistas que faturam alto e se locupletam no governo Temer, devem ser os principais articuladores e os mais interessados na eleição de Alckmin.

Porém a maioria dos trabalhadores, os pequenos e médios empresários, a juventude sem perspectiva, os milhões de desempregados enfim todos que sofrem as consequências deste governo ilegítimo, não podem incorrer em novos erros.

Urge a união de todos os partidos de oposição, que lutam pelos interesses do povo e do país para barrar a continuidade do governo Temer que pretende ter como substituto seu irmão siamês Geraldo Alckmin.