Para Manuela, “vaidades ou projetos partidários” devem ficar de lado pela “busca da vitória eleitoral”

Cumprindo agenda de atividades em Natal, no Rio Grande do Norte, a pré-candidata à presidência pelo PCdoB, Manuela D'Ávila, participou do Fórum Caminhos do Brasil, promovido pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte, nesta quarta-feira (25).

Manuela no Rio Grande do Norte - Reprodução

O presidente da federação, Amaro Sales, destacou a importância do debate diante da atual crise política que o país enfrenta. Se dirigindo à Manuela, Amaro enfatizou que é preciso encontrar convergências. “Precisamos unir os nossos sonhos que são iguais: é querer um Brasil melhor”, disse.

“O nosso desejo é de que o Brasil tenha uma indústria competitiva, inovadora, global e sustentável. Que possamos destruir esse exército de 14 milhões de desempregados. Para isso, sim, temos que acordar e dormir pensando em acabar. Teve um ministro que veio aqui em nossa federação e disse que a economia era mãe de tudo. Eu disse: não, o pai de tudo é o emprego. Esse, sim, dá dignidade, melhora a saúde, o desenvolvimento social e dá respeito ao trabalhador. Emprego é pelo que temos que brigar”, afirmou.

Amaro entregou a Manuela o projeto Mais RN, com um conjunto de propostas para o desenvolvimento do estado. “Mais RN é uma oferta de planejamento e diagnóstico e possibilidades para o Rio Grande do Norte. Espero que seja acolhido pelos candidatos, como um dos itens do programa de governo no que se refere ao nosso estado”, reforçou.

Manuela agradeceu o convite e destacou a importância da iniciativa. “É preciso fazer com que o Brasil debate e preciso fazer com que pontes sejam estabelecidas para que a gente possa construir um projeto de desenvolvimento que valorize o trabalho”, enfatizou.

Manuela disse que a retomada do crescimento da economia passa fundamentalmente pelo segmento industrial e pela valorização do trabalho. A pré-candidata defendeu a revogação do conjunto de medidas de Temer, como a reforma trabalhista e a emenda Constitucional 95, do teto de gasto, bem como as alterações feitas na TJLP, "que destruiu o BNDES", que para ela "merecem ser submetidas ao escrutínio popular", porque foram aprovadas sem serem submetidas ao debate público.

Manuela, que deve ter seu nome homologado como candidata a presidente da República na convenção do partido, que acontece em 1º de agosto, reafirmou a defesa da unidade da esquerda nas eleições para derrotar a agenda neoliberal em curso no país pelo governo Michel Temer. Ele também disse que os candidatos da direita defendem essa mesma agenda de reformas.

“A gente busca construir a maior unidade possível no primeiro turno, porque todos sabemos, que quanto mais juntos estivermos, mais chance de vencer temos”, reforçou a pré-candidata, destacando que a esquerda “que busca o desenvolvimento do Brasil com distribuição de riquezas e combate às desigualdades", tem que colocar no centro do debate "não as vaidades ou projetos partidários, mas a busca da vitória eleitoral".

Manuela disse que acredita na unidade, mesmo que aconteça somente no segundo turno. “Temos metade dos brasileiros que não fizeram suas escolhas, todas as eleições que eu entro, escuto que não vou vencer, em todas fui a mais votada, assim será nessa também se tiver que ser. Caso a gente não consiga estar unido no primeiro, que esteja no segundo, estou pronta para nos representar lá", disse.