Reunião sobre frete mantém impasse e caminhoneiros ameaçam paralisar

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, reuniu caminhoneiros e empresários nesta quarta-feira (20) para tentar chegar a um acordo sobre a tabele do frente rodoviário de cargas. Mas a reunião terminou sem sucesso.

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A medida provisória que estabeleceu preços mínimos para o frete gerou insatisfação por parte dos empresários, que apresentaram questionamento no Supremo , argumentando que a medida era inconstitucional e que dobrou os custos das transportadoras. A tabela foi uma das reivindicações dos caminhoneiros para por fim à greve.

O ministro disse que até quinta-feira, valerá a 1ª versão da tabela de preços, publicada no dia 30 de maio pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Caso a

O ministro decidiu marcar um novo encontro para 28 de junho e espera que até lá, empresários e caminhoneiros cheguem em um acordo. A expectativa é que seja apresentada uma proposta intermediária, mas caso o impasse permaneça, uma nova reunião acontecerá em agosto.

Segundo Fux, um audiência pública com técnicos do setor deverá ser realizada em 27 de agosto, com o objetivo de munir a Corte de informações para “definitivamente julgar a causa”.

“Vamos tentar entrar em uma solução consensual para tentar evitar que o país paralise a sua economia, tal como ocorreu”, afirmou.

Por decisão do ministro, todos os processos em instâncias inferiores e liminares (decisões provisórias) seguem suspensas até a próxima reunião. Segundo Fux, os caminhoneiros não entrarão em greve até a próxima semana.

Os representantes dos caminhoneiros já informaram que não abrem mão da tabela e, portanto, não vêem com bons olhos a proposta patronal que é contra qualquer tipo de tabelamento.

Segundo Wallace Landin, representante dos caminhoneiros na reunião, só haverá acordo com a fixação de preço mínimo. Ele afirmou ainda que caso o governo “não cumpra a palavra” sobre a tabela, a categoria irá deliberar sobre uma possível paralisação.