Senadores poderão vistoriar condições de prisão de Lula

A juíza federal Carolina Lebbos, responsável pela custódia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), concedeu autorização nesta segunda-feira (16) para que um grupo de senadores visite na terça (17) a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde Lula está preso desde o dia 7.

Senadores protesto Lula - Jonas Pereira/Agência Senado

Na decisão, Carolina cita a aprovação de uma "diligência à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, a fim de verificar as condições de encarceramento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos demais presos naquela sede" pela Comissão de Direitos Humanos do Senado. Não está claro, no entanto, se os senadores poderão se encontrar com Lula.

Segundo a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), os parlamentares querem ver o local onde Lula está preso e conversar com ele "sobre a situação dele lá". Segundo ela, vistorias como essa são atividade "recorrente" dos senadores.

"Nós queremos essa possibilidade de conversar com o ex-presidente Lula, a não ser que eles evacuem a sala, tirem o ex-presidente de lá e o escondam para nós não o entrarmos. Mas aí não tem o menor sentido", afirmou.

A magistrada pediu que a comissão indique quais de seus membros pretendem participar da visita, "considerando a necessidade de preservação da segurança e funcionamento do estabelecimento."

Segundo a Comissão de Direitos Humanos do Senado, a visita está marcada para às 14h. Participarão os senadores Regina Sousa (PT-PI), Paulo Paim (PT-RS), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Roberto Requião (PMDB-PR), Paulo Rocha (PT-PA), João Capiberibe (PSB-AP), Fátima Bezerra (PT-RN), Lídice da Mata (PSB-BA), Humberto Costa (PT-PE), José Pimentel (PT-CE), Telmário Mota (PTB-RR) e Ângela Portela (PDT-RR).

Na mesma decisão, Carolina Lebbos abriu prazo para que o Ministério Público Federal se manifeste sobre os pedidos de visita a Lula feitos por outros políticos e personalidades, como o ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel, vencedor do Prêmio Nobel da Paz e que quer indicar o ex-presidente para receber a honraria.