Coréia do Norte voltará a dialogar se Japão retirar sanções
O governo da República Popular Democrática da Coréia (RPDC) negou a possibilidade de conduzir qualquer encontro bilateral entre seu país e o Japão enquanto a administração japonesa mantiver suas sanções, declarou um funcionário do governo coreano citado p
Publicado 24/11/2006 13:48
“Ao impor sanções, o governo japonês se priva da possibilidade de contatos e intercâmbios em todos os setores”, disse Ri Pyong-dok, especialista sobre o Japão do Ministério de Relações Exteriores da RPDC, em entrevista concedida à agência Kyodo.
“É minha opinião pessoal, mas não creio que as sanções e o diálogo possam coexistir”, ressaltou Ri. O Japão aproveitou o teste nuclear norte-coreano de 9 de outubro para impor um bloqueio comercial total contra a RPDC.
O Japão, um dos seis países envolvidos nas conversações sobre a desnuclearização da península coreana — da qual também fazem parte a RPDC, a China, os Estados Unidos e a Rússia —, exige que Pyongyang renúncie ao programa nuclear de defesa antes de voltar à mesa de negociações, que poderão ser retomadas em meados de dezembro.
As autoridades japonesas negam reconhecer a RPDC como potência nuclear, apesar de seu recente teste atômico. “Essas discussões das seis partes foram lançadas com o objetivo de a Coréia do Norte renuncie à arma nuclear”, declarou nesta sexta-feira o ministro japonês de Relações Exteriores, Taro Aso.
“Seria absurdo retomar as discussões das seis partes, a menos que a Coréia do Norte aceitasse certas condições a respeito de seu retorno à mesa de negociações”, acrescentou.