Lula quer transformar Eletrobrás em “Petrobras do setor elétrico”

Segundo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o presidente quer destravar algumas amarras que dificultam o cumprimento do “desafio de construir a infra-estrutura que ela está programando”. Para reforçar o papel da Eletrobrás como a grande investidora do setor elétrico, o governo estuda inclusive a possibilidade de liberar a empresa para captar recursos no mercado externo, o que hoje a estatal está impedida por lei.

Lula recomendou aos ministros que participaram durante todo o dia de reunião no Planalto sobre projetos de infra-estrutura, soluções para fazer com que a estatal migre gradativamente de um status administrativo e operacional mais parecido com o da Petrobras, inclusive quanto aos limites de endividamento. A proposta levantada dentro do governo, segundo Bernardo, é ofertar aos investidores participação acionária como parte do esforço de captação de recursos, o que poderá ser feito por meio de sociedades de propósito específico ou de outras formas.

O governo fez as contas e chegou à conclusão de que precisa equacionar cerca de R$ 16 bilhões em financiamento para grandes projetos do setor elétrico nos próximos anos, estimados em R$ 42 bilhões. O restante (R$ 26 bilhões), segundo relato do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, já estaria equacionado, dependendo apenas do andamento dos projetos. Além de Bernardo, e Rondeau, também participaram da reunião a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), Guido Mantega (Fazenda), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), Márcio Fortes de Almeida (Cidades), Paulo Sérgio Passos (Transportes), Sérgio Rezende (Ciência e Tecnologia), o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Demian Fiocca, e representantes da Caixa e do DNIT.

Com agências