Americanos metralham ônibus e explosões matam 143 em Bagdá

O número de mortos em uma série de explosões em um bairro de predominância xiita em Bagdá, nesta quinta-feira (23/11), subiu para 143, disse uma fonte do Ministério do Interior. 225 pessoas ficaram feridas. Pela manhã, um grupo de soldados das forças

Segundo militantes do Exército Mehdi, liderado por al-Sadr, soldados americanos dispararam contra um ônibus que transportava civis ao trabalho, matando quatro pessoas e ferindo oito, entre elas duas mulheres.


 


''Às 6h da manhã os americanos dispararam a sangue-frio contra um ônibus que transportava trabalhadores na rua Al-Falah, em Cidade Sader (Sadr City, segundo as agências internacionais), deixando vários mortos'', disse o imã Abdul Zahra Al-Zuwaidi, um dos porta-vozes de al-Sadr.


 


Uma fonte do ministério do Interior confirmou que o ataque americano ocorreu às 6h locais, hora em que termina o toque de recolher noturno (21h às 6h) imposto na capital. Os passageiros se dirigiam a seu trabalho em Jamila, um dos grandes mercados de Bagdá.


 


O exército americano atribuiu o ataque a forças iraquianas, que estariam em uma ''operação para deter o líder de um bando de seqüestradores'', segundo alegou o comando militar dos ocupantes.


 


Outras 125 pessoas ficaram feridas em explosões, aparentemente de carros-bomba, e de um morteiro em diferentes localidades de Cidade Sader, bairro da zona leste de Bagdá.


 


Segundo o ministério do Interior, as explosões foram provocadas por três carros-bomba e um disparo de morteiro. Uma das explosões teria ocorrido em um mercado.


 


Pouco antes, cerca de cem homens armados atacaram o ministério da Saúde no centro de Bagdá, disse à AFP o ministro Ali al-Chemari, que é também um dos assessores do clérigo Moqtada al-Sadr, que protagonizou forte resistência à ocupação americana na cidade de Najaf, há dois anos.


 


''Tudo começou com disparos de morteiro provenientes do bairro vizinho de al-Fadel. Depois, uma centena de homens encapuzados com armas automáticas atacou o ministério'', relatou al-Chemari, acrescentando que ''cerca de dois mil empregados estavam presos no edifício''.


 


''Os desconhecidos chegaram em caminhonetes e carros civis. Começaram a disparar contra o edifício e feriram trabalhadores'', ressaltou.


 


Um vice-ministro da Saúde, Hakim al Zamili, escapou nesta segunda-feira de um atentado em Bagdá que matou dois de seus seguranças. Isso ocorreu depois do seqüestro no domingo de Ammar al-Saffar, outro vice-ministro da Saúde, do qual não foram divulgadas notícias.