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Chanceler russo adverte que é um erro negar ajuda a palestinos

Serguei Lavrov, chefe da dipomacia russa, afirmou hoje cedo que é um erro negar ajuda financeira aos palestinos porque o governo da Autoridade Nacional Palestina é composto por integrantes do movimento islâmico Hamas.

O Ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, considera que foi um erro negar ajuda aos palestinos pelo fato de que o governo da Autoridade Nacional Palestina ter sido formado com integrantes do movimento islâmico Hamas.

"Moscou considera errônea tal atitude e mantém que, em vez de boicotar, se deve cooperar com o Hamas", disse Lavrov em uma coletiva de imprensa dada na manhã de hoje em Moscou.

"O Hamas deve cumprir as condições do 'quarteto' de mediadores internacionais para o Oriente Médio (Rússia, EUA, ONU, e União Européia), reconhecer o Estado de Israel e sentar-se à mesa de negociações", trovejou o chefe da dimplomacia russa. Coincidentemente, são esses pretextos que fizeram a União Européia e os Estados Unidos retirarem toda a ajuda financeira à palestina nesta semana.

Transparente e verificável

De acordo com Lavrov, Moscou "vai procurar ajudar os palestinos de forma transparente e verificável". A União Européia e os EUA anunciaram na sexta-feira passada a suspensão da ajuda financeira direta ao governo palestiniano, após pressionar o Hamas para reconhecer o Estado de Israel e renunciar à luta armada para, em troca, continuar a receber a ajuda financeira.

Israel recebe ajuda financeira astronômica dos Estados Unidos, se comparada à destinada aos palestinos — cerca de US$ 5 bilhões anuais, e no entanto não é pressionado para reconhecer a necessidade de existência de um Estado palestino, nem forçado a renunciar à violência contra os palestinos nos territórios ocupados.

O Hamas classificou a pressão como "chantagem", por causa da escolha feita pelos palestinos nas últimas eleições — realizadas dentro dos moldes das "democracias ocidentais" e como os EUA gostam. As potências ocidentais tergiversaram dizendo que vão "tentar" canalizar por outros meios a ajuda aos territórios e organizações palestinas.

Washington prometeu repassar US$ 400 milhões por meio da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNWRA), enquanto a União Européia prometeu "estudar" formas de minimizar os efeitos da suspensão dos US$ 800 milhões que anualmente eram doados à Autoridade Palestina.

A Rússia garante que vai manter o nível de ajuda à ANP. Em meados de março, Moscou desbloqueou uma ajuda de emergência de US$ 10 milhões – uma verba essencial, num momento em que a Autoridade Palestina enfrenta uma grave crise financeira.

Com informações da RIA-Novosti